} Crítica Retrô: Ordem no tribunal! O filme vai começar

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Friday, February 3, 2012

Ordem no tribunal! O filme vai começar

Muito do que povoa nosso imaginário acerca do cumprimento da lei vem de influências cinematográficas. Os filmes que se passam em tribunais constituem um gênero próprio, chamado em inglês de “courtroom drama”, e são, sem dúvida, algumas das produções mais inteligentes já feitas. É até difícil escolher o melhor!

A Queda da Bastilha / A Tale of Two Cities (1935): Não é um simples tribunal. É um tribunal do período do terror da Revolução Francesa, ou seja, é certeza de que todos os réus terão como sentença a guilhotina. Um deles pode ser  Sydney Carton (Ronald Colman), tomando o lugar do marido da moça por quem está apaixonado.
 
O Grande Motim / The Great Mutiny (1935): Fletcher Christian (Clark Gable) é um marinheiro que se revolta contra o tirânico capitão Bligh (Charles Laughton), provocando um motim e fugindo com o navio para o paradisíaco Taiti. Os outros marujos, então, terão de se explicar na corte.
 
A Mocidade de Lincoln / Young Mr. Lincoln (1939): Abraham Lincoln (Henry Fonda) é um jovem advogado começando sua carreira no estado do Illinois. Um de seus primeiros casos consiste na defesa de dois irmãos acusados de assassinato, sendo que nenhum quer contar a verdade, com medo de complicar a situação do outro. 
 
 
A Dama de Xangai / The Lady from Shanghai (1947): Uma das cenas mais espetaculares deste clássico noir dirigido por Orson Welles é um breve julgamento em que Arthur (Everett Sloane), o marido advogado de Elsa Bannister (Rita Hayworth), chama a si mesmo como testemunha e faz uma espécie de “autointerrogatório”.
 
A Costela de Adão / Adam’s Rib (1949): O simpático casal Adam & Amanda Bonner (Spencer Tracy & Katharine Hepburn) se vê em lados opostos do tribunal em um caso em que uma esposa traída (Judy Holliday) tenta matar o marido Warren (Tom Ewell) e sua amante (Jean Hagen). Amanda é a advogada de defesa da moça e Adam é o promotor do caso.
 
 
A Nave da Revolta / The Caine Mutiny (1954): O novo capitão (Humphrey Bogart) coloca sua sanidade à prova durante a viagem, com atitudes tirânicas e paranoicas. Em uma tempestade, um grupo de marinheiros desobece às suas ordens, sendo levados para o tribunal para prestar esclarecimento.
 
Testemunha de Acusação / Witness for the Prosecution (1957): Homem (Tyrone Power) é acusado do assassinato de uma rica senhora, interessado na herança que receberia. Seu único álibi é sua esposa (Marlene Dietrich), mas esta irá testemunhar acusando-o.
 
Doze homens e uma sentença / Twelve Angry Men (1957): O filme começa quando o caso está praticamente resolvido, restando a deliberação do júri. O problema é que o jurado número 8 (Henry Fonda) acredita piamente na inocência do réu e tenta com muita perspicácia, convencer os outros jurados a inocentar o garoto.
 
Glória feita de sangue / Paths of Glory (1957): Durante a Primeira Guerra Mundial, um grupo se recusa a prosseguir com missão suicida. Eles são levados a julgamento. Cabe ao coronel Dax (Kirk Douglas) montar a defesa.


Anatomia de um Crime / Anatomy of a Murder (1959): Advogado (James Stewart) afastado dos tribunais decide aceitar o caso do violento tenente (Ben Gazarra) que matou o estuprador da provocante esposa (Lee Remick). A única saída será provar que o assassino estava fora de si.
 
Julgamento em Nuremberg / Judgement in Nuremberg (1960): Rans Holfe (Maximillian Schell) tem como missão defender um grupo de ministros e juristas que condenaram muitas pessoas na época do nazismo, entre eles Burt Lancaster. Spencer Tracy é o juiz do caso, importunado por Marlene Dietrich, que tenta convencê-lo de que os acusados estavam apenas cumprindo seu dever para com a pátria. 
 
O sol é para todos / To Kill a Mockingbird (1962): Atticus Finch (Gregory Peck) tem a difícil, porém nobre, missão de defender o negro Tom Robeson (Brock Peters), acusado de estupro. Embora o julgamento seja o clímax do filme, quase toda a produção se concentra no ponto de vista dos filhos de Atticus, que também sofrem com o preconceito devido ao caso que o pai defende.
 
 
Filadélfia / Philadelphia (1993): O advogado homossexual Andrew Beckett (Tom Hanks) é demitido sem justa causa e decide processar a empresa em que trabalhava. Para isso contratará o advogado homofóbico Joe Miller (Denzel Washington).
 
Joana D’Arc / Joan of Arc (1999): Neste filme feito para a TV, o que mais me chamou a atenção foi, realmente, o julgamento. O Bispo Cauchon (Peter O’Toole) tem que manter a linha dura, mas realmente não quer ver Joana na fogueira. Por outro lado, Maximillian Schell deseja isso mais que tudo. Dois grandes atores se engalfinhando de batina num tribunal da Inquisição: tem coisa melhor?

Pensaram que tinha acabado? Nada disso! Tive a honra de receber um selinho muito fofo da Iza do blog Vintage Iz. Valeu, Iza! A regra é passar para outros cinco blogs que você admira. Como a lista era muito grande e eu já tinha distribuído o selinho Liebster esta semana, vou variar um pouco, mas saibam, leitores, que foi uma difícil escolha!


13 comments:

Hugo said...

Muito boa a lista.

Tem filmes sensacionais como "Glória Feita de Sangue" e "Anatomia de um Crimne", porém meu filme preferido sobre tribunal é "12 Homens e uma Sentença".

Este filme é um estudo das personalidade humana, seus preconceitos e como um líder nato pode dominar um grupo.

Abraço

História é Pop! said...

Obrigada pelo carinho
e pelo selinho.
beijo enorme

Iza said...

Que filmes interessantes. Curiosidade: tem um filme O Grande Motim que é com o Marlon Brando né?
Beijos!

http://vintageiz.blogspot.com

Rubi said...

Lê!
Mas que lista incrível!
Pois faço das palavras de Hugo minhas palavras. ' Tem filmes sensacionais como "Glória Feita de Sangue" e "Anatomia de um Crimne", porém meu filme preferido sobre tribunal é "12 Homens e uma Sentença".'

Excelente post, e muito obrigada pelo selo!

As Tertulías said...

Muito Obrigado, querida Le!!!! Agora quanto à postagem... tenho que conseguir de novo certos filmes... Voce me inspirou para muitos fins-de-semana.... Beijo!!!!!

Calma said...

"Glória feita de sangue" é incrível!!!
Há vários aí que sempre quis assistir, mas sempre perdi a oportunidade (como estudante de Direito que ama cinema, isso é uma vergonha para mim, hehehe).
Outro filme com cena de tribunal que também acho maravilhoso é "Vontade indômita", versão do livro "A nascente", de Ayn Rand... A cena em que o personagem do Gary Cooper se defende é antológica, seu discurso é de cair o queixo!!!

Excelente post, parabéns!!!

Marcos Rosa said...

Parabéns pelo selo, vc merece. E quanto a lista, já disse que infelizmente assisti poucos filmes antigos, desta lista só vi uns dois ou três.
Mas parecem ser ótimos, têm muitos clássicos aí...

--
algunsfilmes.blogspot.com

ANTONIO NAHUD said...

Muito bom, Lê. Não sou muito chegado a temática jurídica, mas sempre me empolgo com cenas de tribunais. No meu topo privado, A COSTELA DE ADÃO e TESTEMUNHA DE ACUSAÇÃO.
Grato pelo selo, amiga!

O Falcão Maltês

Fabiane Bastos said...

Olá, lembra de mim? Sou a Fabiane do blog DVD, Sofá e Pipoca.

Vim te convidar para participar da blogagem coletiva do bolão do Oscar. As regras e o selo da brincadeira podem ser encontrados neste post.

Esperamos sua participação e boa sorte!

Jefferson C. Vendrame said...

Oi Lê, Mais um ótimo e original Post.
Você sempre trazendo textos interessantes, Parabéns. São todos grandes obras primas do cinema, alguns mais outros menos, mas ótimos filmes. Só lamentei que não incluiu o meu filme preferido entre todos e de todos os tempos: UM LUGAR AO SOL, as cenas de tribunal nesse romance de George Stevens são ótimas,

Mas, mesmo assim, o Post ficou perfeito.

Abração

Unknown said...

Achei a lista mais que justa!
Conseguiu trazer os julgamentos das mais variadas formas, culturas e épocas.... E a seleção de películas... Exemplar!!

Sou fã do gênero....

Amei!

;D

ANTONIO NAHUD said...

Obrigado pelo selo, Lê. Fico contente. Abraço apertado,

O Falcão Maltês

CJR said...

Bem representada a lista. Mas sinto falta daquelr que pra mim é um dos melhores filmes: "Testemunha de Acusação" do grande Billy Wilder.

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