} Crítica Retrô: March 2016

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Saturday, March 26, 2016

Sangue e Areia (1922) / Blood and Sand (1922)

Não há dois substantivos que melhor definam as touradas quanto os que Vicente Blasco Ibáñez escolheu para o título de seu famoso romance. Na versão cinematográfica de 1922, as touradas são deixadas em segundo plano e são mais explorados os bastidores da vida do toureiro matador – um ídolo cuja ascensão e queda podem ser tão rápidas e conflituosas quanto ao começo e trágico fim de carreira de um ídolo do cinema dos anos 1920.

There are no better substantives to define the bullfights than the substantives Vicente Blasco Ibañez chose as the title of his famous novel. In the 1922 film adaptation, the bullfights are second to the private life of the bullfighter – an idol whose rise and fall can be so fast and shocking as the beginning and tragic end of a movie idol from the 1920s.


O primeiro intertítulo que vemos no filme já é uma condenação à tourada. Ela é descrita como uma “crueldade disfarçada de esporte para satisfazer a sede do homem por excitação”. Para os espanhóis, “o gosto pela tourada é uma herança da barbárie”. Esta é, sobretudo, uma história de tentação e crueldade, ou seja, um objeto de estudo perfeito para Don Joselito (Charles Belcher).

The first title card in the screen shows us that the film condems bullfights. A bullfight is described as “cruelty disguised as sport to gratify man's lust for excitement”. To the Spanish people, the love for the bullfight is “a heritage of barbarism”. This is, above all, a story about temptation and cruelty, or a perfect object to be studied by Don Joselito (Charles Belcher).

Juan Gallardo (Rodolfo Valentino) não quer seguir a profissão do pai e se tornar sapateiro. Ele prefere ir para Sevilha se apresentar, ainda que aos farrapos, em touradas amadoras. As aventuras de Juan não agradam nada a sua mãe, irmã e cunhado, e é ao confrontá-los que vemos o grande carisma de Valentino: irreverente, irônico, sem medo de desobedecer à autoridade, Juan vive de acordo com suas próprias regras.

Juan Gallardo (Rudolf Valentino) doesn't want to follow his father's profession and become a shoemaker. He'd rather go to Seville and take part, dressed in rags, in amateur bullfights. Juan's adventures don't please his mother, sister and brother-in-law, and when he confronts them we see Valentino’s huge charisma: playful, ironic, not afraid of disobeying authority, Juan lives by his own rules.

Mas esta rebeldia compensa no dia em que Juan se torna um famoso matador. Ídolo das multidões, herói da arena, rico e admirado. Para a vida ficar mais perfeita ainda, Juan se casa com Carmen (Lila Lee), que conhece desde a infância.

But these rebel ways pay off the day Juan becomes a famous bullfighter. The idol of the crowds, the hero of the arena, rich and admired. To make life even more perfect, Juan marries Carmen (Lila Lee), his childhood friend.

Juan é seduzido por Doña Sol (Nita Naldi), a bela sobrinha viúva de um criador de touros. Apesar de bem-sucedido, Juan é ingênuo e está pouco à vontade no ambiente dos ricos e poderosos. E ele é, ainda, um tolo, porque para Doña Sol ele é apenas mais uma aventura amorosa.

Juan is seduced by Doña Sol (Nita Naldi), the beautiful niece of a man who sells bulls. Juan may be successful, but he is naïve and he's not comfortable around rich and powerful people. And he is also a fool, because for Doña Sol he is only another romantic adventure.


A simbologia destes dois amores se dá, no filme, através de duas flores. O simples ramo de flores que Carmen deu a Juan quando ele ganhou sua primeira grande tourada o lembra do amor puro e sincero da esposa. Logo esta flor é pisada por Doña Sol, que dá então a Juan uma voluptuosa rosa. Ah, o cinema mudo e seus símbolos maravilhosos!

The two loves of Juan are symbolized by two flowers in the film. The simple flower Carmen gave Juan when he won his first bullfight reminds him of his wife's pure and sincere love. This flower is destroyed by Doña Sol, who gives Juan a voluptuous rose. Oh, silent film and its marvelous symbols!


A atenção primorosa ao detalhe está presente em especial na casa de Doña Sol, que contrasta com o ambiente religioso em que Carmen, criada em um convento, reza enquanto o marido enfrenta os touros. Nestas cenas com Nita Naldi a versão muda não deixa nada a desejar, e o luxo até supera o da versão falada, de 1941. Sim, a Doña Sol de Rita Hayworth brilhava como o astro-rei em Technicolor, mas Nita Naldi, a vamp exótica de Nova York, é tão sedutora e atraente quanto Rita.

It's given great attention to detail in special in Doña Sol's house, a place that makes a contrst with the religious room where Carmen, who was raised by nuns, prays while her husband fights the bull. In these scenes with Nita Naldi the silent version is great, and the luxus is even superior to the one in the talkie, from 1941. Yes, Rita Hayworth's Doña Sol shone as the Sun in Technicolor, but Nita Naldi, the exotic vamp from New York, is as seductive and attractive as Hayworth. 

Quem faz sua estreia como diretora no filme, ainda que sem receber créditos, é Dorothy Arzner. Na verdade, Dorothy era editora do filme, e coube a ela tornar as cenas das touradas realistas para o público. Dorothy, então, intercalou closes e shots de Valentino na arena com cenas de touradas reais para criar o efeito tenso e surpreendente, e foi muito elogiada pelo resultado.

Dorothy Arzner debuts as a director in this film, but doesn't receive credit. Actually, Dorothy was the editor of the film, and was given the task of making the bullfight scenes more realistic for the public. Dorothy chose to mix closes and shots of Valentino in the arena with scenes from real bullfights in order to create a tense and surprising effect. She received many compliments for the final product.

Rodolfo Valentino era charmoso, tinha it, tinha sex appeal e um ar de amante exótico. Eu ainda caio de amores pelo Juan Gallardo que Tyrone Power encarnou em 1941, enquanto apenas tenho vergonha alheia da sobrancelha única de Valentino em 1922. “Sangue e Areia” solidificou Valentino como super-astro, e seus melhores anos ainda estavam por vir. Valentino não apresenta o mesmo desespero da traição que Tyrone Power demonstra ao bagunçar nervosamente os cabelos. Ele tem apenas um decisivo ataque de fúria, e nada mais. O show pertence à Nita Naldi, provocante e deslumbrante.

Rudolf Valentino was charming, had it, had sex appeal and looked like an exotic lover. I'm crazy about the Juan Gallardo played by Tyrone Power in 1941, while I can only be embarrassed by Valentino’s one eyebrow in 1922. “Blood and Sand” solidified Valentino as a great star, and his best years were yet to come. Valentino doesn't present the same panic over the betrayal as Power presents as he nervously passes his hands over his hair. He has only a decisive moment of fury, and that's all. The show belongs to Nita Naldi, provoking and breathtaking.

Sofrência

Há diferenças essenciais entre as versões de 1922 e 1941, que vão muito além do som e do Technicolor. Em 1922 temos dois personagens a mais, o bandido Plumitas e o estudioso do comportamento humano Don Joselito, que já no começo aponta as semelhanças entre o toureiro e o fora-da-lei. O confronto entre Juan, Plumitas e Doña Sol é o clímax do filme mudo, que tem bem menos sangue e areia que seu remake.

There are essential differences between the 1922 and the 1941 versions, way beyond the sound and the Technicolor. In 1922 we have two extra characters, the criminal Plumitas and the intellectual Don Joselito, who in the beginning points out how the bullfighter and the outlaw are alike. The confrontation between Juan, Plumitas and Doña Sol is the climax of the silent film, a film that has less blood and sand than the remake.

O cuidado das duas versões nos detalhes é o melhor que elas nos têm a oferecer – cada uma à sua maneira, claro. Isso não impede que possamos apreciar ambas, e ter a oportunidade de ver o desabrochar de Rodolfo Valentino como galã.

The attention to detail is the highlight of both versions – although it's made differently in each one, as we could expect. This makes it possible for us to enjoy both, and have the  opportunity to see Valentino as a blooming star.

This is my contribution to the 2nd Annual Rudolph Valentino Blogathon, hosted by  Michele at Timeless Hollywood.

Sunday, March 13, 2016

Tudo Começou no Trópico / Swing High, Swing Low (1937)

Você gosta de ver duas pessoas se apaixonando, e depois enfrentando os desafios do relacionamento? Eu não gosto, mas mesmo assim dei uma chance a “Tudo Começou no Trópico / Swing High, Swing Low”, de 1937. E sabe por quê? Porque eu adoro analisar representações de países tropicais e seus habitantes em filmes antigos. Normalmente esta representação não é muito lisonjeira, e aqui não foge à regra.
Maggie (Carole Lombard) trabalha como cabeleireira em um navio que está cruzando o canal do Panamá rumo ao Hemisfério Sul. É observando o funcionamento do canal que ela conhece o soldado Skid (Fred MacMurray), que está prestes a pedir dispensa do exército. Quando Maggie e sua amiga chegam na Cidade do Panamá e vão fazer um passeio, o guia turístico que elas encontram é justamente Skid.
A barraca em que Skid as leva para comer lagosta tem ares de cais orientais, como vemos em “O Véu Pintado / The Painted Veil” (1934) e “Mares da China / China Seas” (1935). Quando os panamenhos falam espanhol e Maggie não entende, é o diálogo de reclamação dela que se sobrepõe à fala dos nativos. É mais importante ouvir a incompreensão dos norte-americanos do que a língua falada pelos habitantes locais.
Em seguida, Skid e Maggie vão a um bar com música ao vivo, onde ela é importunada por um Anthony Quinn muito jovem, com quem Skid briga. A confusão leva o casal a passar uma noite na cadeia (nas comédias românticas dos anos 30 todo mundo é preso pelo menos uma vez) e, quando são soltos, veem que o navio de Maggie já zarpou.
Morando na cabana tropical rústica de um amigo de Skid, ele e Maggie vão procurar trabalho, e ela logo consegue ocupação para ambos em um clube. Para isto, entretanto, ela precisa mentir que eles são recém-casados.
Skid toca trompete na banda, e Maggie é dançarina no clube. Outra dançarina e cantora é Anita Alvarez (Dorothy Lamour), a estrela do show e antiga namorada de Skid. Logo Maggie e Skid terão uma chance de chegar ao centro do palco quando começarem a compor suas próprias músicas.
Dorothy Lamour sofreu da maldição que todas as mulheres exóticas sofrem em Hollywood: mesmo se nascidas nos Estados Unidos, elas são sempre associadas a pequenos papéis de sedutoras estrangeiras. A própria associação com sedução e pecado começa na escolha do nome artístico de Mary Leta Dorothy Slaton, Miss New Orleans 1931. Sim, a primeira associação é com a palavra francesa “l'amour”, embora outras fontes garantam que Dorothy teria se inspirado no sobrenome de seu padrasto, Lambour, para escolher seu nome artístico.
A carreira de Dorothy foi marcada por um sarongue que ela usou em seu primeiro sucesso como protagonista: “A Princesa da Selva”, de 1936. Papel semelhante de nativa ela teve em “O Furacão” (1937), uma obra subestimada de John Ford, com ótimos efeitos especiais e excelentes atuações. Dorothy também ficou conhecida por atuar ao lado de Bob Hope e Bing Crosby na série de filmes “Road to...”, e até interpretou uma brasileira em “A Caminho do Rio / Road to Rio” (1947).
Apesar de o filme ser previsível, há uma reviravolta perto do final que surpreende positivamente: tendo muito sucesso como trompetista, Skid precisa enfrentar seus velhos vícios no jogo e na bebida. Sua decadência está ligada à figura de Anita, a dançarina femme fatale, e garante bons momentos dramáticos para Fred MacMurray. Quem perdeu com a reviravolta foi Dorothy Lamour e todas as mulheres latinas, desde sempre e talvez para sempre associadas ao pecado e à tentação.
This is my contribution to the Dorothy Lamour Blogathon, hosted by Ruth at Silver Screenings and Maedez at Font and Frock.

Wednesday, March 9, 2016

Muito além de Rosebud: descobrindo Marion Davies

Beyond Rosebud: discovering Marion Davies

É sabido que “Cidadão Kane” (1941) foi inspirado na vida do magnata das comunicações William Randolph Hearst. Em certo ponto do filme, Kane toma como amante a cantora sem talento Susan Alexander (Dorothy Comingore), e decide fazer dela uma estrela. Para a posteridade, ficou a impressão de que foi isso que Hearst fez com sua amante, a atriz Marion Davies (cujo órgão sexual era chamado por Hearst exatamente de Rosebud, segundo boatos). Marion era, entretanto, uma talentosa comediante que teve, sim, sua carreira auxiliada por Hearst, mas que com certeza teria sucesso também sem ele.

It’s widely known that “Citizen Kane” (1941) was inspired in William Randolph Hearst’s, the mogul of comunications, life. At a certain point of the film, Kane takes untalented singer Susan Alexander (Dorothy Comingore) as his lover and decides to turn her into a star. That’s why so many people think Hearst did the same with his lover, actress Marion Davies (whose sexual parts were called exactly Rosebud by Hearst, according to gossips). Marion was, however, a talented comedienne who indeed had her career molded by Hearst, but there is no doubt that she would have succeeded even without him.


Marion Cecelia Douras nasceu no Brooklyn e seguiu os passos da irmã mais velha, tornando-se dançarina na adolescência. Logo ela se tornou uma Ziegfeld Girl, e o cinema era seu próximo passo. O filme de estreia, “Runaway, Romany” (1917) foi também escrito por Marion. Apesar de não ter feito muito sucesso com esta primeira empreitada, ela continuou atuando, e “Cecilia of the Pink Roses” (1918) foi o filme que chamou a atenção de Hearst.

Marion Cecelia Douras was born in Brooklyn and followed her older sister’s footsteps, becoming a dancer as a teenager. Soon she became a Ziegfeld Girl, and the movies were her next natural step. Her debut movie, “Runaway, Romany” (1917) was also written by her. This wasn’t a big hit, but Marion kept on acting, and it was the film “Cecilia of the Pink Roses” (1918) the one who called Hearst’s attention. 


Como qualquer magnata apaixonado, Hearst decidiu construir um estúdio de cinema só para Marion. A Cosmopolitan Productions surgiu em 1918, teve seu auge nos anos 20 e se diversificou nos anos 30, quando até John Ford trabalhou lá. Até 1923 a sede dos estúdios era em Nova York e os sócios de Hearst no empreendimento eram os estúdios Paramount. Entre 1924 e 1934 Hearst se associou à MGM para distribuir os filmes da Cosmopolitan Productions, e a partir de 1934 o novo distribuidor foi a Warner Brothers.

Like any mogul in love would do, Hearst decided to build a movie Studio for Marion. Cosmopolitan Productions was created in 1918, had its heyday in the 1920s and became a more diverse studio in the 1930s, when even John Ford worked there. Until 1923 the headquarters were in New York and the movies were distributed in Hollywood by Paramount. Between 1924 and 1934 MGM was the distributor of the Cosmopolitan Productions, and from 1934 onwards the distributor was Warner Brothers.


E foi na Cosmopolitan que Marion se aventurou no drama épico pela primeira vez. Seu grande sucesso no gênero veio com “When Knighthood was in Flower” (1922), em que ela interpreta a princesa Mary Tudor, apaixonada por um simples soldado mas atormentada pela sede de poder do irmão, o rei Henrique VIII (Lyn Harding), que insiste em casá-la com o esquelético rei da França. As expressões de Marion em alguns close-ups são preciosas, e a pompa da produção impressiona: são grandes cenários, vistosos figurinos, milhares de extras e uma bela luta de espadas.

And it was at Cosmopolitan that Marion worked in an epic drama for the first time. Her big hit in this genre came with “When Knighthood was in Flower” (1922). In this film she plays Princess Mary Tudor, who is in love with a simple soldier. She is bothered by her brother’s, King Henry VII’s (Lyn Harding), obsession with power: he insists in marrying her to the skinny king of France. Marion’s expressions in some close-ups are precious, and the fancy production is impressive: there are huge sets, big dresses, thousands of extras and an exciting sword fight.


Sem dúvida, o melhor filme de Marion Davies, o primeiro que eu vi com ela e aquele que todos deveriam ver é “Fazendo Fita / Show People” (1928). Nele, Marion interpreta a singela Peggy Pepper, uma moça do interior que vai para Hollywood para se transformar em uma grande atriz dramática. O único emprego que ela consegue, por intermédio de Billy Boone (William Haines) é em uma comédia slapstick ao melhor estilo Keystone Cops. Billy diz que é necessário levar alguns reveses na comédia antes de ter sua grande chance no drama. Não demora para que Peggy seja notada por um grande estúdio, mas quando realiza seu sonho (justamente em um épico ao estilo dos que trouxeram elogios a Marion Davies), ela esquece seus amigos dos velhos tempos da comédia.

Without a doubt, Marion’s best film, the first I’ve seen her in and the one that everybody must see is “Show People” (1928). Marion plays Peggy Pepper, a girl who goes to Hollywood to become a successful drama actress. The only job she gets, thanks to Billy Brone (William Haines), is in a slapstick comedy, very similar to the Keystone Kops. Billy says it is necessary to take some pies in the face in comedy movies in order to have a chance at doing drama. It’s not long until Peggy calls the attention of a big studio, but when she fulfills her dream (in an epic movie like the ones that brought fame to Marion Davies), she forgets her old friends from comedy. 


Gosto de pensar que a Marion Davies da vida real se assemelhava muito com sua personagem em “Show People”: determinada, vivaz, ótima no drama mas absolutamente fantástica na comédia (todo mundo precisa ver as imitações que Marion faz de outras atrizes do cinema mudo em “Filhinha Querida / The Patsy”, de 1928). Tanto é que foi a esta que ela dedicou sua breve carreira no cinema falado.

I like to think that, in real life, Marion Davies was a lot like her character from “Show People”: bold, charming, good in drama but absolutely fantastic in comedy (everybody must see Marion’s imitations of other silent film actresses in “The Patsy”, from 1928). Indeed, when talkies came she focused in comedies.

Em “Cain e Mabel” (1936), Marion é Mabel, uma garçonete transformada em estrela de teatro por um publicitário. Para alavancar ainda mais a carreira de Mabel, ele decide inventar um romance da moça com o pugilista em ascensão Larry Cain (Clark Gable, sem bigode). A primeira interação entre os dois não foi nem um pouco amigável, mas eles precisam continuar se vendo para que o esquema publicitário funcione. Você já sabe o que vai acontecer, não é?

In “Cain and Mabel” (1936), Marion plays Mabel, a waitress who becomes a theater star thanks to a publicist. To make her even more famous, he decides to tell the tabloids that she is dating the up and coming boxer Larry Cain (Clark Gabel, sans moustache). Their first meeting is not pleasant at all, but they must go on with the farse to make the story believable. You already know what happens next, don’t you?  


O último filme de Marion, “Desde os Tempos de Eva / Ever Since Eve” (1937) tem uma premissa ridícula: Marge (Marion) não consegue um emprego fixo porque é muito bonita e é sempre assediada por seus chefes. Assim, ela prefere se demitir a lutar contra os vermes que a assediam. Quando o escritor Freddy Matthews (Robert Montgomery) anuncia que precisa de uma datilógrafa ghostwriter para ajudá-lo a terminar seu livro, Marge se candidata à vaga, mas vai trabalhar disfarçada para que seu “problema” não se repita. O filme, apesar de tudo, ainda consegue ter bons momentos, em especial as cenas em um restaurante praiano. A comédia sobre dupla identidade funciona bem, apenas o motivo que começa tudo é antiquado e envelheceu mal.

Marion’s last movie, “Ever Since Eve” (1937), has a ridiculous plot: Marge (Marion) can’t keep a job because she is too beautiful and she’s often harassed by her bosses. So, she prefers to quit and not fight against the rotten men harassing her. When writer Freddy Matthews (Robert Montgomery) is looking for a ghostwriter typist to help him finish his book, Marge applies for the job, but dresses as an ugly woman so her “problem” won’t happen again. The film, despite everything, still has funny moments, like the scenes in the beach restaurant. The double identity comedy works well, only the reason to start it all is odd.


Surpreendentemente, acredita-se que apenas um de seus filmes estja perdido: “The Cinema Murder” (1919). No entanto, relativamente poucos dos 49 títulos de sua filmografia estão disponíveis para o público em DVD ou streaming. É uma lástima que seja tão difícil conhecer os trabalhos desta grande atriz, injustiçada por um mito do cinema, mas que merece toda a admiração dos cinéfilos.

Surprisingly, it looks like there is only one of her films lost: “The Cinema Murder” (1919). However, relatively few of her 49 films are available on DVD or via streaming. It’s too bad that this great actress can’t be seen by more people. She was the victim of a cinematic injustice, and deserves all the cinephiles’ admiration.


This is my contribution to the Marathon Stars Blogathon, hosted by my friends Virginie and Crystal at The Wonderful World of Cinema and In the Good Old Days of Classic Hollywood.
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