Eu e mais muitas outras
pessoas preferimos o cinema clássico ao atual. Mas não podemos negar que há uma
série de bons filmes feitos recentemente. Um deles é o ganhador de nove Oscars
em 1996, “O Paciente Inglês”.
A enfermeira Hanna
(Juliette Binoche) cuida um homem quase totalmente queimado (Ralph Fiennes) e
estabelece seu leito em um convento abandonado, pois era impossível chegar ao
hospital em um estado tão grave. Quando ele melhora, começa a contar seu
passado como cartógrafo na África, quando se envolveu com Katharine Clifton
(Kristin Scott Thomas), esposa do colega de trabalho Geoffrey (Colin Firth).
Hanna começa a sentir afeto pelo paciente, e nos momentos em que não está
cuidando dele, sai com o soldado Kip (Naveen Andrews).
Mais uma coisa que eu
e muitos outros fãs de cinema clássico gostam é de criar hipóteses malucas e
imaginar como um filme atual seria feito na Era de Ouro de Hollywood.
Imaginemos que “O Paciente Inglês” tivesse sido filmado 60 anos antes, em 1936:
O novo elenco: Hanna (Binoche): Jean
Harlow
Conde Lazslo de
Almasy (Fiennes): Clark Gable
Katharine (Scott Thomas): Myrna Loy
(Firth): Fredric March
Kip (Andrews): Gary
Cooper
Dirigido por George
Cukor
Mas... Por quê? Com este elenco, “O
Paciente Inglês” seria um all-star movie
de deixar “Grande Hotel” (1932) com inveja. Ele reuniria as estrelas mais
populares da época. Ver Clark Gable boa parte do tempo enfaixado seria por si
só interessante, mas nas cenas de flashback ele usaria todas as suas
habilidades de sedução para ficar com Myrna Loy, com quem contracenava
frequentemente. O marido de Myrna seria Fredric March por um motivo simples:
William Powell jamais serviria para o papel, porque Myrna não o trocaria por
nada neste mundo (mas Fred também era muito bom!). Jean Harlow tinha a simpatia
e a bondade necessárias para dar vida à personagem de Binoche. Eu consigo
visualizar perfeitamente Jean na cena em que Hanna é levada pelo namorado para
fazer um passeio especial e ver os afrescos no alto das paredes da igreja. Além
disso, ela faria um belo casal com Gary Cooper, vocês não acham?
Acredito que George Cukor
seria o diretor perfeito para o filme porque ele mostrou muito bem que não
dirigia só mulheres talentosas. Cukor passeava por diversos gêneros e se saía
muito bem em melodramas românticos. Só haveria um problema: para dirigir este
filme, ele provavelmente teria de abandonar a direção de “A Dama das Camélias /
Camille”. O outro grande problema seria driblar o Código Hays para que a
produção saísse do papel!
This post is my entry
for the Great Recasting Blogathon, hosted by Frankly, My Dear and In the Mood. It was a swell idea!