O ano é 1936. Em pouco mais de 10 minutos de projeção, uma mágica acontece. Mágica que nunca mais voltaria a ocorrer. “Every Sunday” é o único encontro de duas das maiores vozes que a Hollywood do sistema de estúdios conheceria. Pasmem: são vozes de duas adolescentes, mas que soam como as mais experientes cantoras. E elas se formaram sem aulas de música: são dois talentos natos.
Trata-se de Judy Garland, de 14 anos, e Deanna Durbin, de 15. Todo o enredo é apenas um pretexto para fazê-las cantar ao final. O avô de Deanna (aqui chamada por seu verdadeiro nome, Edna). É um regente de orquestra de coreto que não tem tido muito sucesso. Suas apresentações “todos os domingos” estão geralmente vazias. Perto de desistir de tocar, ele é convencido pelas garotas de tentar mais uma vez, deixando-as cantar e convidar uma multidão para ouvi-las.
Judy toma a dianteira na empreitada, sendo ela a responsável por todas as ideias postas em prática. Como não sorrir quando ela diz: “você liga para todos os Jones e Brown e eu ligarei para todos os Smith!”. Ela é, de longe, a estrela do curta, carismática e talentosa em seu primeiro trabalho sem as irmãs mais velhas, que se apresentavam sob o nome “The Gumm Sisters”.
O que se segue é uma saudável competição musical. As meninas cantam cada uma seu ritmo preferido e a seguir se juntam em um duelo (ou dueto?) de ritmos. Deanna canta ópera (a ária “Il Bacio”) e Judy interpreta um jazz chamado “Americana”.
As duas estrelas nunca mais se encontraram. Quando “Every Sunday” chegou aos cinemas, Deanna já tinha assinado contrato com a Universal, que nunca a liberou para fazer um musical de longa-metragem com Judy Garland. Deanna alcançaria sucesso rápido naquele mesmo ano, com “Three Smart Girls” (que devolveu a tranqüilidade ao ameaçado estúdio), porém largou o cinema cedo, aos 27 anos. Judy ficou mundialmente famosa em 1939, como Dorothy em “O Mágico de Oz”, e nunca mais abandonou o show business, por mais cruel que este fosse com ela.
Bom,já que você é igual ao Sheldon (mentira, nem a Amy Farah Fowler é igual ao Sheldon) não vai adiantar mesmo eu elogiar o seu blog pois você já tem consciência disto.
ReplyDeleteConvido-a a conhecer um dos meus blogs: www.panoticum.blogspot.com
Lá você poderá ter contato com os blogues portugueses, uma galera muito boa que compra centenas de clássicos nas Fnac e Virgins europeias.
Um abraço,
Enaldo.
Lê, adorei esta postagem. Fãs de Judy estão em delírio agora. E nós cinéfilos de plantão somos presenteados com seu belo texto. Abraços.
ReplyDeleteAdorei!
ReplyDeleteBela lembrança a de Judy e Deanna juntas.
Um abraço
Dani
Menina! Como você escreve bem! Seu blog é ótimo!!! Tem certeza que você tem só 18 anos?!!! ;-) Já publiquei seu blog em meu Delicious (http://www.delicious.com/planetamongo/?page=1). Parabéns! E obrigado pela visita ao meu blog.
ReplyDeleteótimo post! Sem dúvida um dueto que dá gosto de ver. Bons tempos em que bons talentos musicais faziam a diferença no cinema tb. Não é o caso da junção de Cher com Aguilera né? rs
ReplyDeleteBjos!