O fim coroa a obra, já diz meu avô. Muitos realizadores de cinema acreditam nessa máxima e, com ela em mente, criaram finais arrebatadores para grandes filmes, deixando multidões boquiabertas e uma sensação deliciosa em quem sai da sessão de cinema.
The Great Train Robbery (1903): O primeiro faroeste causou frisson nas plateias do início do século XX. Pudera: seu icônico final mostra um ator apontando para a câmera e atirando. O ingênuo público gritava e corria tentando fugir dos tiros.
A Caixa de Pandora (1929): Lulu (Louise Brooks) é uma moça muito independente para seu tempo. Depois de seduzir vários homens, matar o marido, ir a julgamento e trabalhar num navio, ela tem um encontro sinistro na noite de Natal de 1888 em Londres.
Inimigo Público / The Public Enemy (1931): O filme que alerta a população sobre os perigos de se tornar um gangster está entre meus favoritos. O destino de Tom Powers (James Cagney) é selado de maneira surpreendente e moralista.
O Fugitivo / I am a fugitive from a chain gang (1932): Paul Muni foi preso injustamente. Depois de duas fugas espetaculares de um campo de trabalhos forçados, ele sorrateiramente revela para sua namorada que o sistema prisional não regenera através de uma frase de efeito ninguém e some na penumbra.
King Kong (1933): “A Bela matou a Fera”. O fim do macaco gigante que escalou o Empire State por amor foi triste, mas poético.
E o vento levou / Gone with the wind (1939): “Amanhã é outro dia!”. Sim, adolescentes obrigados a assistir ao filme contra sua vontade durante as aulas, Scarlett O’Hara voltou à estaca zero e está disposta a recomeçar com uma frase de efeito dita contra o crepúsculo ao som da trilha de Max Steiner.
Casablanca (1942): Mais um final conhecidíssimo e pouco convencional. Não deu para Ilsa (Ingrid Bergman) e Rick (Humphrey Bogart), embora sempre tivessem Paris. Em compensação, Rick e o Capitão Renault (Claude Rains) vislumbram o que pode ser o começo de uma bela amizade.
Fúria Sanguinária / White Heat (1949): Cody Jarrett (James Cagney) sobe em tanques de combustível durane uma fuga, avisa a mãe que atingiu o topo do mundo e... não se dá bem.
Crepúsculo dos Deuses / Sunset Boulevard (1951): Norma Desmond (Gloria Swanson) está pronta para seu close, Mr. DeMille. Close a ser filmado no hospício, provavelmente.
Anastácia, a princesa esquecida / Anastacia (1956): Constatando com alegria que a atração da festa se foi, a Imperatriz (Helen Hayes) diz que avisará a todos que o espetáculo acabou e que voltem para suas casas. Dado o recado, de fato o espetáculo cinematográfico tem seu fim.
O sétimo selo (1957): A Morte (Bengt Ekerot) decide levar algumas pessoas para um passeio, tendo, inclusive, viajantes que decidem embarcar por conta própria. Uma cena / dança sinistra e inesquecível.
O Candelabro Italiano / Rome Adventure (1962): O final que deu origem a este artigo. Que garota não gostaria de ser recebida em um porto, depois de uma longa viagem de navio, por Troy Donahue com um candelabro e um buquê de flores?
No próximo post virão as menções honrosas de grandes finais cinematográficos!
Esqueceu de Cinema Paradiso Lê. Eu considero um Granndeeeee final =D
ReplyDeleteAbs!
Ótimos finais. Seus posts são surpreendentes, Lê. Bravo.
ReplyDeleteO Falcão Maltês
Olá bom dia, venho agradecer e retribuir sua visita e comentário no meu cantinho.
ReplyDeleteVou adicionar o seu blog para assim te vir visitar mais vezes
Beijo
Ótimo o seu blog!
ReplyDeleteEstou te seguindo!
Abraços!
A mi en particular, me fascino el final de Casablanca.
ReplyDeleteOlá, Lê,
ReplyDeleteBoa lista! eu também gosto muito dos filmes antigos, especialmente dos anos 40-50. Desses eu ainda não vi 'The Great Train Robbery',
Fúria Sanguinária e um outro do qual não guardei o nome, rsrs.
Um dos anos 50 que eu incluiria na lista é o 'As Diabólicas', rsrs. Dos anos 80 para cá há vários filmes - que considerei bons - com final surpreendente, como, por exemplo, 'O Clube da Luta' e 'Coração Satânico'.
Beijoca e bom fim de semana!
Ah. Faltou o do "Clube da Luta", ao som de "Where's my mind" dos Pixies :)
ReplyDeleteAdoro o doloroso final de King Kong :)
ReplyDeleteEntendi que seu post pega os classicões, sobretudo obras primas dos anos 30 e 40, mas considero os filmes de duas obras do Spielberg, 'ET' e 'Contatos Imediatos...' expetaculares IDEM!
ReplyDeleteBeijos!
nossa,nunca vi nenhum desses filmes, mas parecem ser bons *-*
ReplyDeletepassando para retribuir a visita \o
Suelen
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