} Crítica Retrô: Mas que palhaçada!

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Tuesday, February 5, 2013

Mas que palhaçada!


Em festas infantis, programas de TV dedicados às crianças e, especialmente, no circo, os palhaços são o grande destaque. Fazendo trocadilhos ou apenas gestos, com roupas bufantes e muita maquiagem, eles fazem a alegria das crianças e de muitos adultos. Mas nem tudo é riso: muitos palhaços já foram mostrados, pelo menos no cinema, como criaturas demoníacas e em programas ou desenhos cômicos há sempre uma personagem que tem medo de palhaços. Aliás, como Crítica Retrô também é cultura, preciso dizer que o medo exagerado de palhaços é chamado coulrofobia. Não importa sua vestimenta ou sua natureza boa ou má, os palhaços são parte importante da galeria de personagens do cinema. 
Reconheceu o James Stewart?
Koko, the clown: Max Fleischer estava fazendo uma experiência com um aparelho denominado rotoscope e para isso fotografou seu irmão Dave vestido de palhaço. Ele transformou essa imagem em desenho e desde 1919, Koko protagonizou centenas de curtas, sendo o primeiro companheiro de cena de Betty Boop, criada em 1933.
Lágrimas de Palhaço / He who gets slapped (1924): Depois de ser ridicularizado em público, o professor Paul Beaumont (Lon Chaney) torna-se um palhaço que é estapeado  para fazer o público rir. Ele se apaixona pela bela Consuelo (Norma Shearer em seu primeiro papel como protagonista), mas ela gosta do acrobata Bezano (John Gilbert), e mesmo assim o pai da moça quer lhe arranjar um casamento com o arqui-inimigo do ex-professor. Lon Chaney voltaria a interpretar um palhaço apaixonado em “Lugh, clown, laugh” (1928).
O Circo / The circus (1928): Após ser confundido com um ladrão e ir parar em um circo, o vagabundo (Charles Chaplin) acaba no meio da apresentação dos palhaços e faz a maior confusão. O que ele não esperava é que suas trapalhadas fizessem tanto sucesso com o público.
O maior espetáculo da Terra / The greatest show on Earth (1952): Buttons (James Stewart) é um palhaço com o rosto sempre escondido por maquiagem e que tem um segredo sujo em seu passado. Com um personagem tão interessante, o filme peca por não explorá-lo o suficiente.
Scaramouche (1952): O título refere-se a um personagem do teatro cômico popular da França pré-revolucionária, que nada mais é que um palhaço com uma máscara de nariz pontudo. Não é à toa que André (Stewart Granger) escolha este disfarce para escapar da fúria de um nobre (Mel Ferrer), fazendo sucesso na companhia itinerante de sua namorada (Eleanor Parker).
Poltergeist (1982): Assim como Chuck, o boneco assassino, um brinquedo se transforma em pesadelo e assusta o público em Poltergeist.
Palhaços Assassinos / Killer Klowns from outer space (1988): Se existisse uma regra para julgar um filme pelo título, ela seria: nunca confie num filme com as palavras “from outer space”. Se Ed Wood já fez sua loucura no espaço sideral em 1959, imagine o que acontece quando palhaços assassinos chegam do espaço.
It, uma obra-prima do medo / It (1990): Com mais de três horas de duração, esta minissérie inspirada em livro de Stephen King conta a história de um grupo que tem de enfrentar o mesmo palhaço demoníaco que viram na infância.
Os Simpsons – O filme: Krusty, o palhaço politicamente incorreto da série, também apareceu no filme.
O Palhaço (2011): Valdemar e Benjamim, pai e filho, vividos por Paulo José e Selton Mello, são os palhaços Puro Sangue e Pangaré num circo itinerante. Problemas começam a surgir quando Benjamim acredita que não é mais engraçado.
Menção honrosa para o Coringa, vilão de diversos filmes do Batman e que usa uma maquiagem de palhaço, embora não faça palhaçadas. Personagem semelhante a ele visualmente aparece no filme de 1928 “O homem que ri”.
Por fim, um vídeo adorável com Gene Kelly e Judy Garland cantando “Be a Clown” no filme “O Pirata”.

Laço de incentivo à leitura
Minha querida amiga Iza do blog Vintage Iz me passou este laço de incentivo à leitura. Nada poderia ser tão propício para uma escritora! Preciso responder à pergunta: “Qual livro você indicaria para uma pessoa começar a ler?”.
Bem, além de meu livro de estreia “Escritos de Garota – Contos, crônicas e poemas dos 7 aos 17” (propaganda básica), eu indico qualquer livro da coleção “Para gostar de ler”, publicada pela editora Ática. Lançada em 1977, a coleção traz contos, crônicas e poemas de consagrados autores brasileiros contemporâneos. Ela já sofreu alterações estéticas e também devido à reforma ortográfica, e hoje conta com mais de 40 volumes, além da coleção derivada “Para gostar de ler júnior”. Sendo os temas e estilos bem variados, creio que haverá histórias para todos os gostos, e começar com textos curtos é o melhor meio para formar um bom leitor.
Ao invés de passar o laço para outros dez blogs, deixo o questionamento para todos os leitores que se dispuserem a pensar: “Qual livro você indicaria para uma pessoa começar a ler?”.

Falando em leitura, não deixem de ler minha entrevista para a Revista Innovative, disponível aqui. 

11 comments:

  1. Me gusta lo de los payasos y sus películas, el circo ha dado buenas películas, muy buenas las que has propuesto, clásicas, de terror y hasta dramas. Interesante. Un abrazo.

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  2. Nossa, Lê, em primeiro lugar, eu amei a sua entrevista. Ótimas respostas, amei mesmo. E, claro, o post ótimo como sempre. Não sou muito com palhaços, só em circo mesmo.O do Poltergeist é bem assustador, ma o It, chega a ser engraçado de tão frau hehehe.
    Beijo <3

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  3. Eu particularmente não tenho nada contra palhaços, digo, no sentido de morrer de medo. Mas é claro que, eu jamais assistiria um filme com palhaços a noite. Mas convenhamos, isso ainda vai render muitos filmes.

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  4. Interessante relembrar os palhaços do cinema. Sabe que eu nunca achei muita graça neles, nem quando era criança. E depois de ver filmes de terror onde eles são vilões, aumentou a minha 'implicância'. Abraços.

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  5. Cara, não estamos esquecendo de um certo inimigo do Batman?

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  6. O Bolão do Oscar 2013 já está no ar, e claro, você está convidado!
    (http://dvdsofaepipoca.blogspot.com.br/2013/02/bolao-do-oscar-2013.html)

    Bons palpites!
    As blogueiras do sofá (DVD, Sofá e Pipoca)

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  7. Oi Lê,
    Ótima postagem, mais uma vez.
    Gosto muito de Stewart em O Maior Espetáculo da Terra, e concordo com você sobre a falha do filme em não se aprofundar nos segredos do personagem.
    Acabei de ler sua entrevista no site da revista, fico feliz em ver como você tem feito sucesso com seu trabalho, além disso é de muita valia a divulgação que você sempre tem feito aos bons filmes clássicos.

    Parabéns...

    Grande abraço!

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