“Treze Mulheres” tem quatro coisas que eu adoro: é
um filme pre-Code (feito antes de 1934), tem Myrna Loy no elenco, envolve
horóscopos e é um filme de terror. Myrna interpreta Ursula Georgi, uma mestiça
com ascendência javanesa que se une a um vidente, o Swami Yogadachi (C. Henry
Gordon), para se vingar de suas antigas colegas de escola. Ursula altera
previsões do horóscopo dessas mulheres e as deixa à beira da loucura. Mas... o
que eu posso ter aprendido com um filme tão... “educativo”?
1-O filme
poderia ser mais longo. Afinal, tendo uma hora de duração (73 minutos no original),
duas das mulheres do título tiveram de ser cortadas, sobrando só onze.
2-Myrna Loy
é um bom motivo para ver qualquer coisa.
3-Mas Myrna
não é uma boa criminosa e deixa pistas por onde passa.
4-Nem tudo
em que David O. Selznick toca vira ouro.
5-Nunca
aceite presentes do motorista.
6-A polícia
de Los Angeles é muito rápida para descobrir o paradeiro das pessoas. A boa
memória de diretoras de escola também ajuda.
7-Bullying é
um assunto velho com um nome novo. Mas a vingança planejada por Myrna é sensacional.
Anotei na agenda para colocar em prática depois.
8-Videntes
não são imunes à hipnose. Aliás, eles tendem a ser mais bobos que as pessoas
normais e podem ser enganados por suas secretárias.
9-O
horóscopo tem um poder de sugestão imenso. Você acaba fazendo o que não quer só
porque seu horóscopo disse.
10-É fácil
para uma socialite controlar um carro desgovernado logo após o motorista pular
com ele em movimento.
11-Pais
deveriam sempre abrir os presentes de aniversário dos filhos. Especialmente
quando eles têm inimigos.
12-Agora, uma
coisa séria: Peg Entwistle, atriz de teatro, interpreta Hazel Cousins, a mulher
que mata o marido após receber a carta do Swami. Você talvez não tenha ouvido
falar sobre Peg porque ela se suicidou dois dias após a estreia do filme (que foi um fracasso, com a maioria das cenas de Peg deletadas),
pulando da letra H no letreiro HOLLYWOODLAND. No livro "Thirteen Women", de Tiffany Thayer (que, apesar do nome, era um homem), a personagem mata o
marido porque se apaixona por outra mulher, e enlouquece quando é largada pela
amante.
12- Eu
deveria ter descoberto esse filme antes. Mas sabe por que eu o procurei? Foi
parte de uma intensa pesquisa cinematográfica para escrever uma breve biografia
da maravilhosa Myrna Loy. Esta pequena biografia faz parte do livro “Thoughts
on The Thin Man”, organizado pelo incansável Danny do blog Pre-Code.com. A obra,
com contribuições de vários autores e blogueiros, está disponível como livro físico e e-book.
Myrna pode deixar pistas, mas é diva! Hahahaha. Adoraria me vingar daqueles que um dia riram de mim, mas acho que isso atrairá coisas ruins pra mim também, então, deixo estar, como diriam os Beatles.
ReplyDeleteA vida ensina um dia, né? Nada é por acaso....
Beijão <3
acho que esse filme eu não vi. anotadíssimo. belíssimas fotos. beijos, pedrita
ReplyDeleteGente, a Myrna é linda, hein? Não a conhecia! Anotei esse filme, pareceu muito interessante!
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