1939 foi um grande ano para o gênero western. Durante a década de 1930,
os filmes ambientados no Velho Oeste estavam quase sempre relegados à categoria
B: eram curtos (por volta de uma hora de duração), feitos sem grande orçamento
e destinados a ser a atração menor nas matinês e “double features”. Os westerns B eram o que garantiam o emprego do
pobre John Wayne nos anos 30, mas tudo iria mudar: em 1939, John Ford e John
Wayne levaram o western de volta à lista de gêneros mais prestigiados com “No
tempo das diligências / Stagecoach”.
Também em 1939 foi feito “A Lei da Fronteira / Frontier Marshal”, o
primeiro filme a contar a história de Wyatt Earp, Doc Holliday e o tiroteio no
O.K. Corral. E um dos velhos conhecidos do western B foi escolhido como
protagonista. Enquanto John Wayne fazia filmes ruins na Warner, Randolph Scott
era o caubói rústico da Paramount. Na década de 1930, ele também participou de
filmes de horror, aventura e até de um musical com Fred Astaire e Ginger
Rogers! Mas ele voltaria às origens do Velho Oeste. Era só uma questão de
tempo.
A cidade de Tombstone foi povoada por oportunistas que queriam ficar
ricos explorando prata. Logo Tombstone se transformou em um lugar ideal para
bandidos, e o xerife local (Ward Bond), com medo de morrer e deixar mulher e
filhos desamparados, não queria combater o crime. Foi então que Wyatt Earp
(Randolph Scott), descendo por um cano, afirmou que os bandidos precisavam ser
detidos. E assim ele se tornou xerife de Tombstone.
O primeiro contato de Wyatt com Doc Holiday (Cesar Romero) não é nem um
pouco amistoso: ele decide atirar em Wyatt depois que o novo xerife joga a
cantora de saloon Jerry (Binnie Barnes)
na água. Mas Wyatt é bem mais sensato que Doc porque, apesar de ser um perigoso
pistoleiro, Doc sofre com a tuberculose e com seu vício pela bebida, duas
coisas que também preocupam a enfermeira apaixonada Sarah (Nancy Kelly).
Aqui Doc Holliday é a grande estrela. Cesar Romero era nove anos mais
novo que Randolph Scott, e até então havia sido estereotipado em Hollywood.
Sim, ele contracenou com grandes estrelas, como William Powell, Shirley Temple
e Carole Lombard, mas sempre interpretando algum tipo exótico ou estrangeiro, embora
ele próprio tenha nascido em Nova York.
A confusão no filme começa quando o bandido Ben Carter (John Carradine) e
seus capangas levam a força o comediante Eddie Foy (interpretado por seu filho Eddie
Foy Jr) para se apresentar em um bar. Mas o tempo todo Doc Holliday é o
verdadeiro alvo de Ben Carter.
“A Lei da Fronteira / Frontier Marshal” está longe de ser um western de
primeira classe. Tem bons momentos, sim, incluindo a operação que Doc precisa
fazer para salvar a vida de um garotinho. Randolph Scott não erra nenhum tiro e
já constrói a persona de seus xerifes
futuros. Para Scott, o melhor ainda estava por vir.
This
is my contribution to The Blogathon for Randolph Scott , hosted by Toby at 50 Westerns from the 50s. Yipee!
eu sempre via westerns com o meu pai. beijos, pedrita
ReplyDeleteNot a bad film in my opinion. Sure Scott would go on and do much better work in the years to come but the whole thing is entertaining enough.
ReplyDeleteColin
I grew up watching Randolph Scott and Binnie Barnes as sweethearts in "The Last of the Mohicans" and their adversarial relationship in "Frontier Marshall" was quite a jolt for me the first time I saw it. Well-paced, exciting story.
ReplyDeleteAdoro filmes assim,
ReplyDeletealem de ter belos figurinos,mulheres bonitas,as musicas são as melhores.
Beijos
I enjoyed your post, Le! When I saw this I was really interested how much of it was familiar from MY DARLING CLEMENTINE which came along a few years later. Very interesting cast in this one.
ReplyDeleteBy my count there were Randolph Scott blogathon contributors from 5 different countries, so glad you joined in! :)
Best wishes,
Laura