} Crítica Retrô: Amor na Tarde / Love in the Afternoon (1957)

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Tuesday, May 3, 2016

Amor na Tarde / Love in the Afternoon (1957)

Chevalier! Hepburn! Cooper! Paris! Fascinação! Tudo no filme nos chama para o romance. É uma história de amor pouco convencional, mas que nas mãos de Billy Wilder se transforma em um longo e delicioso flerte.

Chevalier! Hepburn! Cooper! Paris! Fascination! Everything in this movie is callingus to experience romance. It is an unconventional love story, but, under Billy Wilder’s lenses, it becomes a long and delightful flirtation.
A narração inicial já tem o sotaque inconfundível de Maurice Chevalier. Com malícia, ele fala sobre o amor em Paris, enquanto imagens de casais na cidade se revezam na tela. Maurice interpreta o detetive particular Charles Chavasse, perito em casos extraconjugais.

The initial narration has Maurice Chevalier's unmistakable accent. Full with Malice, he talks aboutlove in Paris, and images of couples pass through the screen. Maurice plays private eye Charles Chavasse, an expert in extramarital affairs.
Chavasse não quer que a sordidez de seu trabalho interfira na vida e nas ideias de sua filha Ariane (Audrey Hepburn), uma ingênua violoncelista. Ela, entretanto, se entretém lendo os arquivos sórdidos sobre os casos investigados pelo pai, e se interessa por uma figura que aparece em vários casos: Frank Flannagan (Gary Cooper), milionário e mulherengo americano.

Chavasse doesn't want his sordid work to interfere in his daughter's Ariane (Audrey Hepburn) life and ideas. Ariane is a naïve cello player. Nevertheless, she entertains herself by reading the files of the cases in which her father has worked. She gets interested for a man appearing in several cases: Frank Flannagan (Gary Cooper), American millionaire and womanizer.
Ariane descobre que um marido ciumento tem a intenção de matar Flannagan. Com uma técnica nada convencional, ela salva Flannagan, mas se torna mais uma vítima dele. Ariane está apaixonada. Ou seria Flannagan vítima dela? Afinal, Ariane se comporta de maneira misteriosa e inventa que muitos homens já passaram em sua vida. Nenhum dos dois quer se apaixonar. Mas é exatamente isto que acontece.

Ariane finds out that a jealous husband has the intention to kill Flannagan. With a very unconventional technique, she saves Flannagan, but becomes another of his victims. Ariane is in love. Or maybe it's Flannagan a victim of hers? After all, Ariane has a mysterious behavior and lies, saying that many men have passed through her life. Not Flannagan nor Ariane wanted to fall in love with each other. But this is exactly what happens.
É muito difícil apontar qual o filme do diretor e roteirista Billy Wilder com mais inuendos sexuais que passaram despercebidos pelos escritórios do Código Hays. “Irma La Douce” (1963) e “Beija-me, Idiota”(1964) são fortes candidatos, mas “Amor na Tarde” também surpreende, em especial na primeira meia hora. As insinuações lembram os filmes de Ernst Lubitsch, mas não conseguiram agradar a todos: o filme foi um fracasso de bilheteria nos Estados Unidos, porém fez sucesso na Europa.

It’s very hard to point out which film by director and screenwriter Billy Wilder has the biggest number of sexual innuendos that passed easily through the Hays Code’s offices. “Irma La Douce” (1963) and “Kiss Me, Stupid” (1964) are strong contender, but “Love in the Afternoon” also surprises us, especially during the first half hour. The insinuations remind us of Ernst Lubitsch’s films, but they couldn’t please everyone: the movie flopped in the US, but was a success in Europe.
Muitos espectadores se incomodam com a diferença de idade entre Audrey e Gary, que era de 28 anos! O papel de Flannagan foi oferecido primeiro para Cary Grant, 25 anos mais velho que Audrey, mas ele o recusou. Apesar de estar no final da carreira, Cooper mantém um charme inconfundível, e é sabiamente filmado em preto e branco, pois com certeza um filme a cores denunciaria sua idade. Não é inverossímil que Ariane ou qualquer outra jovem se apaixone por ele.

Many filmgoers were bothered by the age difference between Audrey and Gary, who were 28 years apart! The role of Flannagan was offered to Cary Grant, 25 years older than Audrey, but he refused the role. Although he was in the end of his career, Cooper still has an unmistakable charm, and he’s wisely filmed in black and white, because it’s certain that a in color film he would look his age. It’s not unbelievable that Ariane or any other young lady would fall in love with him.
Audrey, em sua versão francesa, está ainda mais adorável (eu, particularmente, adoro o cabelo dela no filme). Ela traz pureza à personagem, algo que faltava na versão original, alemã, de 1931, intitulada simplesmente “Ariane”.

Audrey, as a French, is more adorable than ever (and I particularly Love her hair in this movie). She brings purity to the character, and that’s something missing from the original German version from 1931, called simply “Ariane”.
Filmado em Paris (veja como o Hotel Ritz é lindo!), ousado na medida certa e com uma ótima trilha sonora (afinal, é mais romântico namorar tendo uma banda de ciganos tocando ao vivo), “Amor na Tarde” vai te fazer suspirar.

Shot in location in Paris (see how beautiful the Ritz Hotel is!), daring in its dialogue and with a great soundtrack (because a group of gypsies make any date more romantic, right?), “Love in the Afternoon” will make you sigh.

This is my contribution to the May the 4th be with Audrey Hepburn blogathon, hosted by Diana at Flickin’ Out.

3 comments:

  1. Great article! I just LOVE this film. Even if Roman Holiday is my favourite Hepburn's film, this one is a very close second favourite.

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  2. Great post! I have yet to watch this film- but I have it on dvd! Who doesn't love Audrey and Gary- even if they are far apart in age- they make a lovely pair!!!

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  3. This was such a lovely movie, I especially like the character of Maurice Chevalier, he kind of reminded me of Audrey's father in Sabrina, but in a much sweeter version! Your article was great, I'm glad you wrote it down in English as well :)
    Domi from Little Bits of Classics

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