} Crítica Retrô: TOP 6 – Meus filmes favoritos da década de 1960

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Friday, May 15, 2020

TOP 6 – Meus filmes favoritos da década de 1960

TOP 6 – My favorite films of the 1960s

Ah, os psicodélicos anos 60! O mundo estava mudando e o cinema também se modificava. O Sistema de Estúdio estava vivendo seus últimos anos. A categoria de Melhor Filme em Língua Estrangeira havia sido introduzida no Oscar na década anterior, e os filmes de língua não-inglesa ficavam cada vez melhores e mais acessíveis. Novas estrelas surgiam e algumas estrelas antigas se reinventavam. Muitos filmes divertidos, inspiradores, ousados e mesmo malucos foram feitos nesta década. Por isso foi uma tarefa difícil escolher meus seis filmes favoritos dos anos 60. Curiosamente, acabei com uma lista com dois dramas e quatro comédias!

Oh, the swinging 60s! The world was changing, and the movie world was changing as well. The Studio System was living its last years. The Best Foreign Language Movie category had been created the decade before at the Oscar, and films not English were getting better and more widespread. New stars were blossoming and some old ones were reinventing themselves. Many funny, thoughtful, daring and even psychdelic movies were made during this decade. That's why it was a hard mission to choose my six favorite movies of the 1960s. Curiously, I ended up with two dramas and four comedies!

Menções honrosas: “Cupido Não Tem Bandeira” (1961), “Anjos Rebeldes” (1966) e “Descalços no Parque” (1967).

Honorable mentions: “One, Two, Three” (1961), “The Trouble with Angels” (1966) and “Barefoot in the Park”(1967).

E os filmes escolhidos, em ordem cronológica:

And the chosen movies, in chronological order:

Nunca aos Domingos (1960): Este filme é absolutamente delicioso. O diretor Jules Dassin interpreta um intelectual que quer compreender a decadência da civilização grega. Ele acredita que a Grécia não é mais o berço de artistas e filósofos como no passado porque os gregos modernos se divertem demais. Ele inicia uma cruzada para fazer a Grécia séria novamente, focando na prostituta Ilya (Melina Mercouri, esposa de Dassin), uma amante da diversão. O filme ganhou o Oscar de Melhor Canção Original, sendo a primeira vez que uma música cantada em línguadiferente do inglês levou o prêmio.

Never on Sunday (1960): This film is an absolute delight. Director Jules Dassin also stars as a scholar who wants to comprehend the downfall of Greek civilization. He thinks that Greece is no longer producing artists and philosophers like it once did because the modern Greeks have too much fun. He starts a crusade to make Greece serious again, focusing his case in the prostitute Ilya (Melina Mercouri, Dassin’s wife), a fun-loving woman. The film won the Best Original Song Oscar, and it was the first time a song not in English received the award.

O Pagador de Promessas (1962): Zé do Burro (Leonardo Villar) prometeu doar sua terra e carregar uma enorme cruz – como a cruz de Cristo – de sua casa até uma igreja caso seu melhor amigo fosse curado de uma doença grave. O amigo é curado, e Zé está a caminho da igreja... O problema é que seu melhor amigo é um burro, e isso causa frisson, especialmente, no clero: qual será o impacto para a igreja se deixarmos este homem fazer tamanho sacrifício por causa de um insignificante burro? Outras questões como intolerância a religiões de origem africana, sensacionalismo da imprensa e reforma agrária são discutidos no filme. Se este filme tivesse sido feito na Itália, seria matéria obrigatória em todos os cursos de cinema do mundo. “O Pagador de Promessas” não é uma curiosidade do cinema latino-americano. É uma obra-prima.

The Given Word aka O Pagador de Promessas (1962): Zé do Burro (Leonardo Villar) promised to give away his land and carry a huge cross – like Jesus’ cross – from his house to a church if his best friend was cured from a serious disease. His friend is cured, and Zé is en route to the church… The problem is that his best friend is a donkey, and this fact causes uproar, mainly, in the clergy: what will the impact on the church be if we let a man make such a sacrifice for an insignificant donkey? Other issues like intolerance against African religions, sensationalist press and land reform are tackled in this movie. If this film was made in Italy, it’d be mandatory viewing in all film courses in the world. “The Given Word” is not a curiosity from Latin-American cinema. It’s a masterpiece.

A Pantera Cor de Rosa (1963): Sim, o original. Com Peter Sellers e seu Stradivarius, Claudia Cardinale, Capucine, Herbert Lom, David Niven e Robert Wagner. Ah, e também uma certa pantera nos créditos iniciais. Há uma coleção de ótimas gags clássicas nesta comédia deliciosa, e o clímax da ação acontece numa festa à fantasia com uma perseguição. O que mais eu – ou qualquer pessoa – poderia desejar?

The Pink Panther (1963): Yes, the original. With Peter Sellers and his Stradivarius, Claudia Cardinale, Capucine, Herbert Lom, David Niven and Robert Wagner. And, oh, also a certain panther in the opening credits. There is a collection of great classic gags in this delightful comedy, and all the action climaxes in a costume party with a chase. What else could I – or anyone – ask for?

A Senhora e seus Maridos (1964): Louisa (Shirley MacLaine) se casou quatro vezes com caras simples que de repente se tornaram muito ricos. A riqueza trouxe infelicidade e a morte prematura para os quatro homens. Os maridos da senhora foram Dick van Dyke, Paul Newman, Dean Martin e Gene Kelly, e a vida de casada com cada um deles é mostrada como um tipo diferente de minifilme – filme mudo, filme francês sensual, musical extravagante... Um filme hilário, inventivo e visualmente incrível, “A Senhora e seus Maridos” é uma fábrica de sorrisos.

What a Way to Go! (1964): Louisa (Shirley MacLaine) got married four times to simple fellows who suddenly became very rich. Their wealth brought sadness and their premature deaths. Her husbands were Dick van Dyke, Paul Newman, Dean Martin and Gene Kelly, and each married life is seen as a different kind of mini-movie – silent movie, French sexy movie, lavish musical... A hilarious, inventive and visually stunning film, “What a Way to Go!” is a smile factory.

Robin Hood de Chicago (1964): Este filme mistura dois dos meus gêneros favoritos: musicais e filmes de gângster. Ele também traz os talentos vocais e cômicos de Frank Sinatra, Bing Crosby, Sammy Davis Jr e Dean Martin. Com uma trama um bocado complicada, envolve oficiais corruptos, guerra de gangues, casas de jogo ilegais e, no meio disso tudo, Robbo (Sinatra), um gângster que rouba dos ricos para dar aos pobres – nesse caso, ele dá dinheiro a um orfanato. Há muitas canções memoráveis neste filme pouco conhecido, e “Style” é a minha favorita entre elas.

Robin and the 7 Hoods (1964): This film mixes two of my favorite genres: musicals and gangster movies. It also brings the vocal and comic talents of Frank Sinatra, Bing Crosby, Sammy Davis Jr and Dean Martin. With a rather complicated plot, it involves corrupt officers, gang wars, illegal gambling joints and, in the middle of all this, Robbo (Sinatra), a gangster who robs from the rich and gives to the poor – in this case, he gives money to a boys' orphanage. There are many memorable songs in this little known film, and “Style” is probably my favorite among them.

Doutor Jivago (1965): A Revolução Russa sempre foi um tema de me fascinou. “Doutor Jivago” me permitiu a oportunidade de ver como as pessoas viveram e reagiram à revolução – sim, claro que eu entende que a experiência de Yuri (Omar Sharif) e de sua família foram apenas um lado da história. Como historiadora, acho interessante comparar “Doutor Jivago” com os filmes feitos na União Soviética sobre o período e a vida durante e após a revolução. A verdade sobre a vida na Revolução Russa está em algum lugar entre essas duas narrativas – ou talvez ambas sejam verdadeiras. De qualquer forma, “Doutor Jivago” é um épico com uma fotografia maravilhosa, uma história de amor inesquecível e o incomparável Omar Sharif.

Doctor Zhivago (1965):The Russian Revolution was always a theme that fascinated me. “Doctor Zhivago” provided me with the opportunity to see how people lived and reacted to the revolution – yes, of course I understand Yuri's (Omar Sharif) and his family's experiences were only one side of the story. As a historian, I find it interesting to compare “Doctor Zhivago” to the films made in the Soviet Union about the period and the life during and after the revolution. The truth about living through the Russian Revolution is somewhere between these two narratives – or maybe both are true. Anyway, “Doctor Zhivago” is a beautifully shot epic with an unforgettable love story and the incomparable Omar Sharif.

This is my contribution to the 6 from the ‘60s blogathon, hosted by Rick at Classic Film & TV Cafe for National Classic Movie Day.

9 comments:

  1. You narrowed it down to a most engrossing and intriguing selection. I love those comedy choices. What a Way to Go! is so clever and Robin and the Seven Hoods always draws me into its cock-eyed world.

    I shall certainly seek out The Given Word, it sounds like a film that will give much to consider.

    Happy National Classic Movie Day!

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  2. As I read through all of the posts for this blogathon, I am amazed at how many great and fun films were produced in this decade. What a Way to Go! was so much fun! And thank you for adding The Given Word - a movie I must seek out. Beautiful post, as always!

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  3. Your selection of What a Way to Go! reminds me of what a star Shirley MacLaine became during that decade. The Apartment, The Children's Hour, Two for the Seesaw, Irma la Douce, Gambit, Sweet Charity and all the others. She was one busy actress at that time and, in her "kookie chick" way - very emblematic of the '60s. Great selections all, by the way!

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  4. What a Way to Go! I like it! Thanks for sharing your faves, Le - I'll have to check out The Given Word - if its a masterpiece then I want to see it!

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  5. I loved reading your post, Le! There are still quite a few here that I must see. Thanks for a fun and intriguing read.

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  6. Thanks for sharing your choices and your insights, Le. I always learn something from you.

    I hope I can find The Given Word, because I know I'll love it.

    So glad you included The Pink Panther. I love that film – it never gets old for me.

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  7. I've only seen half of this list, but I love the variety here. Robin and the Seven Hoods is so much fun; I think "Style" might be my favorite number, too. And yay for What a Way to Go! I was so, so close to including it on my own list. "Smile factory" is a great way to describe it.

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  8. Wow, a Jules Dassin comedy? I really need to see that one; it sounds fabulous! A varied list with only one that I've seen (Dr. Zhivago).

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  9. Aha, "Pink Panther"! That never gets old, and the music is fun to play, too. I'm putting everything else on my "to watch" list. :-)

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