Além
do melhor musical de todos os tempos, “Cantando na Chuva” é uma música
composta, pasmem, em 1927 por Arthur Freed (letra) e Nacio Herb Brown
(melodia), responsáveis por todas as outras canções apresentadas no filme de
1952. É parte da cultura popular norte-americana e (por que não?) mundial.
Talvez o filme estrelado por um lânguido Gene Kelly tenha sido o veículo
principal para tamanha popularidade, mas “Cantando na Chuva” faz ponto no
cinema há muito tempo. São versões diferentes na velocidade, no tom e no
intérprete, porém com uma música inconfundível.
Besides
being the name of the best musical ever, “Singin’ in the Rain” is a song
composed, mind you, in 1927 by Arthur Freed (lyrics) and Nacio Herb Brown
(song), the musicians responsible for all the other songs presented in the 1952
film. The song is part of pop culture in the USA and (why not?) all over the
world. Maybe the film starring a languid Gene Kelly was the main vehicle for
the popularity of the song, but “Singin’ in the Rain” has been part of cinema
for many years. There are different versions with different speeds, tone and
singer, but the song is unmistakable.
1 -
Doris Eaton Travis, a Ziegfeld Girl que mais tempo viveu, foi a primeira a
gravar a música, em 1929, no espetáculo musical “The Hollywood Music Box
Revue”. Talvez o fato de que tivesse um romance com Nacio Herb Brown a tenha
ajudado nessa empreitada.
1- Doris
Eaton Travis, the Ziegfeld girl who lived the longest, was the first person to
record the song, in 1929, in the musical show “The Hollywood Music Box Revue”.
Maybe the fact that she was dating Nacio Herb Brown has helped her to do this
feat.
2 -
No mesmo ano, naquela que talvez seja a primeira extravaganza da
história do cinema, “Cantando na Chuva” estava presente. O cantor Ukelele Ike
apresentou-a tocando no instrumento havaiano que lhe rendeu o apelido. No final
do filme “Hollywood Revue”, feito em Technicolor, todos cantam a música,
vestidos com capas de chuva. Estrelas como Joan Crawford e Buster Keaton estão
na multidão e é fácil reconhecê-los.
2- The
same year, in what can be considered the first extravaganza in cinema history,
“Singin’ in the Rain” was there. Singer Ukelele Ike introduced it playing the
Hawaiian instrument that gave him his nickname. In the end of the film “The Hollywood Revue of 1929”, made in Technicolor, everybody sings the song,
dressed in raincoats. Stars like Joan Crawford and Buster Keaton are in the
crowd and it’s easy to point them out.
3
- Um ano depois, a versão instrumental pode ser ouvida no início de “A
Divorciada”, que rendeu um Oscar de Melhor Atriz a Norma Shearer.
3- One
year later, the instrumental version can be heard in the beginning of “The
Divorcee”, the film that gave Norma Shearer a Best Actress Oscar.
4 -
Em 1932, Jimmy Durante senta em um piano e toca a música no filme “Pernas dePerfil”.
4- In
1931, Jimmy Durante sits by a piano and plays the song in the movie “Speak Easily”.
5 -
Oito anos depois foi a vez de Judy Garland entoar a canção em ritmo acelerado
em “Um Amor de Pequena”, o trabalho em que ela desvencilhou-se da imagem de
garotinha dando seu primeiro beijo.
5- Eight years later, it was time for Judy Garland to sing the song in an accelerated rhythm in “Little Nellie Kelly”, the movie in which she parted from the little girl image by giving her first kiss.
6 -
No mais famoso musical metalingüístico, Gene Kelly, ardendo em febre e com um
terno de lã que encolhia com a umidade, literalmente cantou sob uma chuva feita
de água e leite. Devidamente equipados com capas amarelas, Donald O’Connor e
Debbie Reynolds se juntam a Gene em um coro para a abertura do filme.
6- In the
most famous metalinguistic musical, Gene Kelly, running a fever and wearing a
wool suit that got tighter with humidity, literally sang under a rain made of a
mix of water and milk. Wearing yellow raincoats, Donald O’Connor and Debbie
Reynolds join Gene to sing the song together in the film’s opening.
7 -
Em 1959 “Cantando na Chuva” já aparecia como uma melodia casual, fácil de
assobiar ou cantarolar. É isso que Cary Grant faz num quarto de hotel ao
preparar-se para um banho em “Intriga Internacional”
7- In
1959 “Singin’ in the Rain” already appeared as a casual melody, easy to whistle
or hum. This is what Cary Grant does in a hotel room while getting ready for a shower in “North by Northwest”.
8-
No drama baseado no romance de F. Scott Fitzgerald, “Suave é a Noite”, de 1962,
perto do final do filme, a música é tocada em uma vitrola a bordo de um iate,
quando Dick (Jason Robards) está esquiando na água, deixando sua esposa Nicole
(Jennifer Jones) apreensiva.
8- In the
drama based on a F. Scott Fitzgerald novel, “Tender is the Night”, from 1962,
near the end of the movie, the song is played in a record player on board of a
yacht, when Dick (Jason Robards) is doing water skiing, leaving his wife Nicole
(Jennifer Jones) apprehensive.
9 -
Quem disse que a canção só embala momentos alegres? Mais de quarenta anos
depois de surgir, ela foi a trilha sonora para o horror: o ataque e estupro
provocados pela gangue de “Laranja Mecânica”(1971). Nos créditos finais ela
também é tocada.
9- Who
said that the song is only for happy moments? More than forty years after it
appeared, the song was chosen as soundtrack for horror: the attack and rape by
the gang in “A Clockwork Orange” (1971). The song is played again in the
closing credits.
10 -
Finalmente, na recente animação “Robôs” (2005), o robozinho Fender canta sua
versão denominada “Singin’ in the Oil”, na mesma melodia de “Singin’ in the
Rain”.
10-
Finally, in the recent animation “Robots” (2005), Fender, the little robot,
sings his version called “Singing in the Oil”, using the same tune as “Singin’ in
the Rain”.
Além
de todas essas interpretações na tela grande, “Cantando na Chuva” virou musical
na década de 80 e esteve presente em incontáveis séries televisivas, provando
que clássicos nunca são esquecidos.
Oi Letícia! Acabei de conhecer seu blog (não me pergunte como o achei, hehehe, eu vou abrindo mil e um sites e depois não me lembro) e gostei muito... Já estou seguindo. Compartilho com você a paixão por cinema clássico, Glee e Modern Family. E, aliás, identifico-me um pouco com você. Devo te parabenizar por seu gosto e estilo. Eu me apaixonei pelo cinema em preto e branco quando tinha 12 anos, e nessa época eu também era uma nerd (como você mesma já enfatizou em seu post sobre Glee, felizmente esta palavra hoje não é mais tão pejorativa!), não tinha vida social, vivia reclusa em meus livros, estudos e filmes. Ah, como era bom! Não me arrependo de nada. Nunca invejei minhas colegas de classe que preferiam sair, ir a festas e falar de garotos. Acho que serei assim para sempre, apesar de a vida (e uma pessoa muito especial) ter feito com que eu mudasse um pouco... Mas continuo apaixonada pelos clássicos, pelos livros, por poesia, história e filosofia. Parabéns por ser quem é. Li vários posts seus e adorei todos. Você tem TV a cabo? O canal TCM e o TC Cult têm passado muitos clássicos bons ultimamente. Beijos, e continue escrevendo!
ReplyDeleteGostei... que curioso.... O seus posts sempre me surpreendem.
ReplyDeleteO Falcão Maltês
Muito legal seu blog,Lê!!já estou seguindo!é muito bom poder trocar ideias!sempre que puder,apareça por lá!!grande abraço!!=D
ReplyDeletehttp://thecinefileblog.blogspot.com/
Obrigado pela visita.
ReplyDeleteCurti o clima cult-retrô do teu blog e sempre que puder, voltarei.
beijos!
Teu blog é um dos espaços mais autênticos e importantes da esfera bloguística. O cinema clássico fortalece aqui! abs
ReplyDelete