Em 16 de julho de 1911 nascia aquela que se tornaria uma das grandes lendas dançantes da história do cinema: Virginia Katherine McMath. Filha única de pais separados, ela foi raptada duas vezes pelo pai durante brigas com relação à custódia da menina e viveu a maior parte de sua infância com os avós maternos. Seu nome artístico lhe foi dado por uma priminha que, por não conseguir pronunciar seu nome, acabou inventando aquele com o qual ficaria conhecida mundialmente. Seu sobrenome veio do segundo marido da sua mãe, por quem ela nutria grande afeto, embora ele nunca fizesse qualquer esforço para adotá-la.
Quando adolescente, pensou por vezes em tornar-se professora, mas a paixão pelo teatro venceu. Aos 14 anos ganhou um concurso de Charleston (a dança da moda dos anos 1920) e a partir daí participou de uma série de shows de vaudeville. Aos 17 anos casou-se pela primeira vez, separando-se poucos meses depois do enlace. Seriam mais quatro casamentos, todos sem filhos, todos terminados em divórcio.
Quando adolescente, pensou por vezes em tornar-se professora, mas a paixão pelo teatro venceu. Aos 14 anos ganhou um concurso de Charleston (a dança da moda dos anos 1920) e a partir daí participou de uma série de shows de vaudeville. Aos 17 anos casou-se pela primeira vez, separando-se poucos meses depois do enlace. Seriam mais quatro casamentos, todos sem filhos, todos terminados em divórcio.
Na Broadway, alcançou sucesso com diversas peças, em especial “Girl Crazy”, nos ensaios da qual conheceu Fred Astaire. Estreou no cinema em 1929, como parte de curtas filmados em Nova York sobre o mundo do espetáculo, compostos por pequenos esquetes. Depois de vários papéis cantantes em filmes menores, Ginger conquista o público em Rua 42/42nd Street, Cavadoras de Ouro / Golddiggers of 1933. Neste mesmo ano dança pela primeira vez ao lado de Fred Astaire em Voando para o Rio / Flying Down to Rio, vigésimo filme dela e terceiro dele, além da única produção da dupla em que Ginger teve cachê maior. Apesar de não serem os protagonistas, o sucesso do casal foi tamanho que seguiram-se outras nove produções, responsáveis, junto com King Kong (1933), por salvar a RKO da falência.
Elas não salvaram, entretanto, Ginger do estereótipo de dançarina difícil de conquistar. É quase impossível separar sua imagem da de Fred. Os boatos de que não se davam bem não impedia a explosão da química que os dois tinham quando dançavam juntos.
Depois de 6 anos, 9 filmes e o fracasso de A História de Vernon e Irene Castle (1939), Ginger ficou um tempo longe dos musicais. Dedicou-se principalmente às comédias, mas foi com o drama Kitty Foile (1941) que ela ganhou seu único Oscar, em um papel recusado por Katharine Hepburn. Derrotou, na ocasião, as indicadas Bette Davis, Joan Fontaine,Martha Scott e, ironicamente, a própria Hepburn. Continuou atuando em diversas produções, encerrando a carreira cinematográfica com Harlow (1965), interpretando a mãe da estrela Jean Harlow. Ginger recebeu boas críticas, apesar do fracasso da produção.
Fim da carreira nas telas, de volta aos palcos. No quarto convite, resolveu finalmente aceitar o papel principal em Hello Dolly! Foi um sucesso. Dedicou-se também à pintura, à escultura e lançou sua linha de lingeries. Voltou à estrada com The Ginger Rogers Show. Aos 74 anos, tornou-se também diretora no teatro, com a peça Babes in Arms. Recebeu diversos prêmios pela carreira e escreveu uma autobiografia, Ginger, My Story. Faleceu em 1983, aos 95 anos. Em 1999 ficou na posição de número 14 das 25 maiores lendas do cinema segundo o AFI (American Film Institute). Em 2010 estreou nos palcos ianques um musical baseado em sua vida e carreira.
Dançarina talentosa, comediante, filha amorosa e mulher decidida, Ginger Rogers é uma das grandes lendas do cinema, não só pelos musicais com Fred Astaire, mas também por seu incrível legado de independência e luta incansável por seu lugar no mundo do espetáculo.
Oi, Lê!
ReplyDeleteQue linda sua homenagem pra Ginger. Não me logo muito em datas, por isso fiquei me perguntando porque meu post sobre Ginger e Fred deu um boom de visualizações hoje. Acabei de descobrir! Sabe, não sabia da origem do nome artístico da atriz, nem que ela ganhou o Oscar com um papel que caberia à Kate e tampouco que trabalhou no Girl Crazy da Broadway. Que legal!
Parabéns pelo post.
Bjs
Dani
Revi ontem O INVENTOR DA MOCIDADE sem saber que beirava o niver de Ginger.
ReplyDeleteO Falcão Maltês
Muito obrigada a todos que gostaram do post! Foi um prazer fazer esta deliciosa pesquisa sobre a multifacetada Ginger Rogers. Graças a um blog feito por uma fã americana, descobri diversas curiosidades. O endereço dela é: www.viviantalksgingerrogers.blogspot.com
ReplyDeleteÉ muito completo!
Abraços, Lê
Olá!! Obrigada pela visita ao meu blog, estou te seguindo e divulgarei o cinema retro lá no meu espaço. Parabéns por ser uma menina tão novinha e cheia de cultura!
ReplyDeleteOPS...critica retro*
ReplyDeleteMuito obrigado pela visita ao Cineplaneta.blogspot.com, o seu blog é nota 1.000, Parabéns.
ReplyDeleteCaso queira, posso incluir na minha lista de blogs indicados do Cineplaneta
Oi Lê, tudo bem? Você escreve sobre livros também? Temos interesse em uma parceria já há algum tempo com alguém que o faça a fim de promover essa arte também em nosso blog. Me manda um e-mail em que possamos trocar algumas figurinhas a respeito.
ReplyDeleteAbraços - Silvano Vianna
Editor Chefe do Cinema Detalhado
Simplesmente amei este blog! Adorei o visual, os textos, tudo! vou seguir e linlar lá no meu! Beijo!
ReplyDeleteVergonhosamente, até hoje não comecei a adentrar a filmografia dela. Não sabia que ela tinha atuado até os anos 60!
ReplyDeleteGostei muito do seu blog também!!!
ReplyDeleteCertamente muito mais cult que o meu. Será meu guia para filmes clássicos.
Obrigado mesmo.
O mínimo que posso fazer e seguir seu blog e colocar o link dele no meu!
Uma estrela! Vê-la dançar com Fred é pura magia.
ReplyDeleteAbraços e venha recordar seus "vilões favoritos",
O Falcão Maltês
Umas das atrizes mais impecáveis do cinema, nunca esquecerei a primeira vez que a vi dançar em Night and Day com Fred Astaire. Depois que fui picada pelo seu feitiço vieram outros filmes, mas suas coreografias ficaram eternizadas...
ReplyDeleteParabéns pela lembrança. Praticamente ninguém se lembrou da data
Obs: Ela dançando com Cary Grant em inventor da Mocidade é delicioso
Honra merecida!
ReplyDeleteAdorava os filmes de Ginger Rogers com Fred Astaire. Top Hat e Black Widow são uns dos meus preferidos dela.
Parabéns pelo blog :D
Letícia, gostei muito de seu blog; aliás, adoro essas entrelinhas que alinhavam literatura e cinema; fico pensando que sua escrita conserva algum fio dessa paixão, gostaria de ler seu livro. Obrigado pela visita e elogios ao meu blog e parabéns pelo seu. Bjo. Nilo
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