Antes dos
longa-metragens épicos, antes dos filmes de Hitchcock e Orson Welles, antes dos
musicais, antes dos filmes mudos, eu assistia a desenhos antigos. Era por volta
de 2003 e eu já tinha uma quedinha por tudo que era velho. E o canal Boomerang
veio a calhar, pois exibia os desenhos animados clássicos da época da minha
mãe, ou seja, da excelente safra Hanna-Barbera. E lembro com clareza que
durante a semana, na faixa das duas horas, eu assistia com entusiasmo a uma
singela produção com o simpático nome “A Turma da Gatolândia”. O que eu só
fiquei sabendo agora é que no original o nome era “Cattanooga Cats”, ainda mais
psicodélico.
Nem sei ao certo por
que eu gostava da Turma da Gatolândia. Olhando com minhas opiniões atuais,
creio que houve uma atração por todo aquele visual psicodélico dos anos 1960,
que era o retrato de uma época. Devo acrescentar, claro, a parte lúdica, porque
um desenho divertido atrai toda criança e eu, apesar de ter uma inclinação pelo
passado, sempre gostei de me divertir.
Antes da Turma da
Gatolândia os talentosos William Hanna e Joseph Barbera já haviam se aventurado
com um grupo de animais cantores: a banda Banana Splits, composta por um
beagle, um gorila, um leão e um elefante mudo (?!). Quatro pobres atores tinham
de se fantasiar para dar vida a esse estranho conjunto. Um ano depois da
criação dos Banana Splits, Hanna e Barbera criaram a banda de gatos, desta vez
composta apenas por personagens de desenho animado.
Os episódios de uma
hora de duração apresentavam várias atrações. Obviamente, a principal era a
aventura dos gatos Country, Conceição (Kitty Jo no original), Groove, Figura
(originalmente Scoots) e de Fanzoca (Chessie nos EUA), uma ávida caçadora de
autógrafos. Apesar de eles serem as estrelas do show, apenas nove histórias
foram produzidas com a turma. O resto da hora era preenchido por outros
desenhos, como “É o Lobo / It’s the Wolf”, que ganhou série própria com 22
episódios de meia hora. O Lobo Bobo, aliás, se mostrou a personagem mais
carismática da série, uma vez que sobreviveu mais seis anos em outra série
animada, “Ho-Ho Límpicos / Laff-a-Lympics”. E sim, eu acompanhei todos esses
desenhos.
Além do lobo, havia
também o desenho “Juca Bala e Zé Bolha / Motormouse and Autocat”,
respectivamente um gato e um rato que levavam as perseguições de Tom &
Jerry à modernidade, uma vez que o gato, de carro, perseguia o rato, de moto. A
Turma da Gatolândia ficava completa com “A volta ao mundo em 79 dias”, paródia
do livro de Júlio Verne. No entanto, o ponto alto do show era o clipe da Turma
da Gatolândia, com direito a efeitos psicodélicos e músicas originais com o
ritmo do momento.
A Turma da Gatolândia, infelizmente, não fez sucesso na televisão e ficou no ar por apenas duas temporadas. Nem o disco oriundo do programa, com as animadas músicas felinas, conseguiu salvar a Turma da Gatolândia. Mesmo assim, o show foi reprisado várias vezes em diversos países e hoje é um desenho cult relembrado com nostalgia por seus fãs.
Ai que coisas fofas, Lê. Assistia demais o Gato Felix, A Pantera Cor-de-rosa , Josy e as Gatinhas, os flinstones e Os Jetsons. Na verdade quando vou viajar de avião, fico assistindo filme antigo hehehe.
ReplyDeleteBeijão <3
nossa, q delícia lembrar desses desenhos. beijos, pedrita
ReplyDeleteSaudades dessa turma.
ReplyDeleteFeliz 2013, Lê. E viva o cinema!
O Falcão Maltês
Lembro vagamente dos personagens de a A Turma da Gatolândia. Devo ter visto algum episódio, mas não cheguei a acompanhar. Já de O Lobo Bobo eu gostava. Lembrei de uns antiguinhos que passava na falecida Rede Manchete: Carangos e Motocas (adorava!), o Homem-Elástico e Bicudo e Bicudinho.
ReplyDeleteBons tempos...
bjo
Quantas relíquias, Lê!
ReplyDeleteCheguei a ver a Turma da Gatolândia, mas me lembro vagamente dos personagens, infelizmente. E acredite, somos muito parecidas nesse sentido de gostar de coisas antigas; inclusive desenhos (pensei ser a única HAHA).
Beijos!
Ola querida LÊ,infelizmente não cheguei á assistir esta gostosa "Turminha".Como tu,também gosto de coisas antigas ,principalmente filmes cujas musicas se tornaram imortais.Beijos no coração.SU.
ReplyDeleteLê, também adoro os desenhos da dupla Hanna Barbera, mas esse A turma da gatolândia eu não cheguei a assistir. Pena que o Boomerang perdeu um pouco seu foco e já não exibe tantos clássicos quanto antigamente. Obrigado pela dica do filme Vento e areia lá no Gilberto Cinema. Vou adicioná-lo. Abraços.
ReplyDeleteLê, bom final de semana pra você!!!
ReplyDeleteBeijão <3
Oi Letícia, tudo bem?
ReplyDeleteObrigado por comentar lá no meu blog e pelo elogio.
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Para quem curte realmente uma viagem psicodélica no estilo das receitas prescritas por Timothy Leary, ou seja, com muito LSD, a animação dos Jackson 5 (1972) são imbatíveis. Aquela outra animação com o alucinado elefante voando e metralhando os inimigos com amendoins, saídos de sua tromba, em Dumbo, se revela uma antológica "bad trip". Animações para quem curte opiáceos e esporos do centeio, cogumelos mágicos e por que não dizer, peyote.
ReplyDelete"A Volta ao Mundo em 79 Dias" não era bem uma paródia, era uma continuação. O desafio era quebrar o recorde do Phineas Fogg (protagonista da história original), daí o título. Os heróis (de balão) tentavam bater o recorde, e os vilões (de carro) tentavam sabotar. Acho que os criadores dessa série não gostavam muito de automóveis.
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