} Crítica Retrô: September 2012

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Thursday, September 27, 2012

Paramount: os anos silenciosos


100 anos! E parece que foi ontem que Adolph Zukor fundou a Famous Players, companhia que se destinava a levar para as telas do cinema peças de teatro. Quatro anos mais tarde ela se juntaria a outra companhia formando a Famous Players-Lasky Corporation. O nome era muito bizarro, por isso em 1930 seus administradores decidiram adotar o nome de uma pequena distribuidora que havia sido absorvida por eles: Paramount, nome que passou a figurar em todos os filmes a partir de 1935. Mas o que aconteceu antes de a Paramount ser Paramount?  
Norma narrando sua época de estrela do cinema mudo para uma plateia atenta
O primeiro filme a ser distribuído pela companhia foi o francês “Les amours de lareine Élisabeth”, estrelado pela lendária atriz de teatro Sarah Bernhardt. A transformação de peças de teatro em filmes atraiu um novo segmento para os cinemas. Os mais ricos até então desprezavam a nova arte, considerada por eles uma forma de diversão barata (lembre-se dos nickelodeons, onde as entradas custavam apenas cinco centavos) para as camadas inferiores. Na época muitas pessoas, incluindo alguns artistas, acreditavam que o cinema era uma moda passageira.  
Quem estava lá logo no início era Cecil B. De Mille, que dirigiu, junto com Oscar Apfel, “The Squaw Man”, em 1914. De Mille lançou a moda dos remakes ao dirigir novamente o filme em 1918 e 1931, obtendo sempre sucesso. A versão de 1914 foi a primeira filmada em Hollywood. De Mille alugou um pedaço de terra na futura Meca do cinema por 75 dólares para filmar um ataque de índios e assim começou uma longa história.  De Mille e Apfel dirigiram uma série de filmes para a Famous Players, sendo que De Mille não era creditado, pois ainda estava aprendendo o ofício com Apfel. E, quando se tornou diretor exclusivo de seus filmes, fez história, por exemplo, com o primeiro filme baseado em um livro homônimo, “The Virginian” (1914).
Outro nome importante presente nos primeiros anos da Paramount foi Mary Pickford. Na nascente companhia ela fez alguns de seus filmes que são famosos até hoje, como “Cinderella” (1914) e “Madame Butterfly” (1915). Claro que não foram só sucessos. Seguindo a ideia de peças transformadas em filmes, Adolph Zukor filmou “A Good Little Devil”, peça da Broadway em que Mary trabalhava, exatamente como se fosse um teatro em 1913. Mary mais tarde se referiria ao trabalho como “um dos piores filmes que eu já fiz... foi mortal”. Foram 17 filmes em dois anos, dos quais 15 chegaram praticamente intactos à nossa era.
A ideia da Broadway para o cinema continuou com força total, e em 1916 foi feita uma versão de “Oliver Twist” (a quinta da era muda), apresentando Marie Doro no papel principal, que ela já fazia com grande sucesso na Broadway. Da obra de Charles Dickens para a dos irmãos Grimm: no mesmo ano virava filme “Branca de Neve”, versão esta que serviu de inspiração para o desenho de Walt Disney.
Grandes nomes marcaram presença na década de 20, como Gloria Swanson e John Barrymore, além do mágico Harry Houdini. Aliás, esta década, que eu considero como a maturidade do cinema mudo, foi de muitos sucessos na Paramount, incluindo até uma versão de Peter Pan em 1924. De Mille usou todo seu talento para levar às telas “Os Dez Mandamentos” em 1923. “O Grande Gatsby” foi adaptado para o cinema pela primeira vez em 1926, mas infelizmente esta versão hoje está perdida. William Powell estava neste filme, e esteve também na primeira produção falada da Paramount: “Interference”, de 1928. E novamente Bill estaria num filme importante, que marca o fim de uma era na então Famous Players-Lasky: “The Four Feathers”, o último filme mudo da companhia. A época silenciosa da Paramount acabou não sem antes render uma honra ao estúdio: o primeiro Oscar de Melhor Filme para “Asas”. Muito sucesso havia sido alcançado em menos de vinte anos e, embora esta frase tenha sido cunhada na Warner Bros., ela também se aplica a este glorioso estúdio: vocês ainda não ouviram nada!    

This entry is part of the Paramount Centennial Blogathon, hosted by Angela at The Hollywood Revue. After this introduction to silent years, go learn more about Paramount!

Friday, September 21, 2012

Roubando a cena: Walter Brennan e Mercedes McCambridge

Alguns personagens realmente chamam toda a atenção para si quando aparecem na tela. O caso mais memorável para mim é de Madame De Farge em “A Queda da Bastilha / A Tale of Two Cities” (1935) que, histericamente, pede que todos os réus sejam condenados à guilhotina. Quem a interpreta é a desconhecida atriz Blanche Yurka, mas vez ou outra surgem intérpretes igualmente inesquecíveis. Quem não se lembra do sempe divertido Edward Everett Horton? Ou da talentosa coadjuvante Thelma Ritter? Ou desses dois atores que são o assunto do post?
Walter Brennan foi ganhador de três Oscars de Melhor Ator Coadjuvante, incluindo na primeira cerimônia em que esse prêmio foi apresentado, em 1936. Um de seus papéis mais marcantes é Eddie em “Uma Aventura na Martinica / To Have and Have Not” (1944). Eddie bebe muito e tem um andar peculiar, que Brennan obteve colocando uma pedra em um de seus sapatos. Companheiro de Humphrey Bogart, mas de maneira mais cativante que o pianista Sam de Casablanca, ele tem direito até a uma divertida frase de efeito: “Você já foi picado por uma abelha morta?” (Was you ever bit by a dead bee?)
Seus personagens são normalmente tipos peculiares e mais velhos que o ator. Um acidente, em condições que eu desconheço, deixou-o quase sem dentes e criou marcas em seu rosto. Sua voz ficou rouca após combater na Primeira Guerra Mundial, quando o ator ficou exposto a diversas substâncias tóxicas. Ao voltar da guerra, mais uma tragédia: Walter perdeu quase todo seu dinheiro no início da década de 1920, quando se envolveu com a especulação financeira. Foi neste momento que ele começou a participar de filmes como extra, roubando a cena sempre que lhe era permitido.
Mercedes McCambridge ganhou apenas um Oscar, e no seu filme de estreia, “A Grande Ilusão / All the King's Men” (1949). E continuou com grandes atuações ao longo da carreira. Mercedes é uma de minhas atrizes coadjuvantes favoritas e só de ver seu nome na tela eu já me alegro porque, sem dúvida, verei uma grande atuação.
Em “Johnny Guitar”(1954), ela ganha destaque como Emma, a antagonista invejosa e mal-amada. Este é meu western favorito, e com certeza Mercedes é fundamental para que eu goste tanto desse filme. Dentro e fora do filme ela teve uma rivalidade com Joan Crawford, que não gostou nem um pouco de ter como sua antagonista uma mulher mais jovem.
No ano de 1956 ela apareceria em poucos minutos do longo épico “Assim caminha a humanidade /Giant”, mas seria de total importância. Como Luz Benedict, a decidida e fatalmente teimosa irmã de Bick (Rock Hudson), ela está incrível. Implicando com Elizabeth Taylor e protegendo James Dean, sua presença é curta, mas fundamental para a história. Por sua atuação ela foi indicada ao Oscar de Melhor Atriz Coadjuvante, perdendo para Dorothy Malone.
Em 1958 ela maltrata a pobre Janet Leigh enquanto seu marido Charlton Heston está ocupado com Orson Welles em “A Marca da Maldade / Touch of Evil”. No ano seguinte ela voltaria a contracenar com Elizabeth Taylor, desta vez interpretando a mãe da bela moça, em “De repente, no último verão”.
Em “Cimarron” (1960) ela é uma mãe de família que vai para o oeste em busca de terras, conhecendo as personagens de Glenn Ford e Maria Schell. Seu tempo na tela é ínfimo, mas marcante. E na década seguinte vem o filme que a tornou uma estrela cult: “O Exorcista” (1973). Tendo sofrido de bronquite a vida toda, Mercedes usou o problema a seu favor para dublar o demônio (isso mesmo). Ela não foi creditada, mas posteriormente seu nome foi adicionado aos créditos.
Você não esperava ver isto

Vinda do famoso Mercury Theatre, grupo de teatro de Orson Welles que levou muitos talentos ao cinema, Mercedes teve uma carreira de sucesso no rádio antes de chegar ao cinema e na década de 1970 voltou aos palcos em uma série de peças, como “A Ratoeira” e “Gata em teto de zinco quente”. Sempre em papéis secundários, roubando a cena e fazendo muito sucesso.

This is my contribution for the What a Character! Blogathon, hosted by the three wise girls Paula, Aurora and Kellee at Paula’s Cinema Club, Once Upon A Screen and Outspoken & Freckled.  

Saturday, September 15, 2012

Homem de Mil Faces / Man of a Thousand Faces (1957)


Universal é um dos poucos estúdios, se não o único, a ter uma visita guiada por seus bastidores. A Universal também mantém o mais antigo set de filmagem erguido e conservado, mas infelizmente ele não está aberto à visitação. Trata-se do set de um filme de terror de 1925, “O Fantasma da Ópera”, protagonizado pelo talentoso e inesquecível homem de mil faces, Lon Chaney, que faleceu logo depois da chegada do som e ganhou uma cinebiografia em 1957.
Lon Chaney (James Cagney), como muitos astros do cinema, começou no vaudeville. Muito de sua vida pessoal é explorado, uma vez que mesmo antes de ter sucesso nas telas Lon viveu amores e problemas, foi casado com a cantora Cleva Creighton (Dorothy Malone) e teve com ela seu filho Craig, que mais tarde adotaria o nome Lon Chaney Jr. Foi só em 1912 que Lon foi para Hollywood a conselho de seu amigo, que ironicamente diz no filme que ele “deveria aproveitar a chance. Não sabemos por quanto tempo os filmes existirão”, mostrando uma crença até comum na época: de que o cinema era uma moda passageira.
E Chaney fez sucesso com sua incrível capacidade de se transformar de acordo com o papel que viveria nas telas. Desde o vaudeville ele desenhava esquemas que o ajudavam na transformação, e técnicas interessantes de maquiagem e de domínio corporal faziam-no ficar irreconhecível. Num dos mais impressionantes papéis de sua carreira, reproduzido com perfeição por Cagney na cinebiografia, Lon interpreta um gangster (percebe a ironia?) mutilado que precisa se arrastar para se locomover no filme “The Miracle Man” (1919), que foi baseado numa peça de George M. Cohan (Cagney interpretou Cohan em “A Canção da Vitória / Yankee Doodle Dandy”. De repente, tudo se conecta!). Depois da Primeira Guerra Mundial, vários soldados voltaram para casa mutilados e o cinema logo tratou de retratá-los em dramas ou mesmo filmes de terror. Uma grande oportunidade para Lon.
Os estúdios são mostrados como parte importante da vida de Chaney. É interessante observar como os filmes mudos eram rodados, vários de uma vez e com os cenários montados muito perto uns dos outros, música ao vivo para criar o clima e diretores dando as ordens aos atores enquanto a cena era rodada. Do lado de uma cena dramática e romântica, um western era filmado e muitas flechas atiradas.     
Outra representação maravilhosa do estúdio é a do set de “O Corcunda de Notre Dame” (1923). Além da construção precisa e grandiosa, a maquiagem é impecável e o discurso de Irving Thalberg (Robert J. Evans) define bem a atuação de Lon: ele pôs neste filme toda sua experiência pessoal, quando criança soube bem o que é ser discriminado por ser diferente, uma vez que seus pais eram surdos-mudos e ele se comunicava com eles através da língua de sinais. No filme sua esposa Cleva fica horrorizada ao descobrir que seus sogros são deficientes, temendo pelo filho que nascerá. Na realidade, Cleva já sabia que os pais de Chaney eram surdos-mudos antes de se casar com ele.
A cinebiografia é uma bela homenagem a Lon Chaney. Cagney revive com perfeição os momentos cruciais na vida do ator. Rodar os filmes com certeza foi uma tarefa árdua e dispendiosa para o próprio Chaney, imaginem para um ator que tem que recriar todas as imagens dos bastidores. Dorothy Malone está perfeita como a decadente Cleva e Jane Greer não poderia ser mais doce em sua interpretação de Hazel, segunda esposa de Chaney. E ainda há o fato de ser um dos melhores filmes sobre os bastidores de Hollywood, e sem dúvida aquele que melhor retratou os sets de um estúdio.    

This is my second entry to the Universal Backlot Blogathon, hosted by the awesome Kristen at Journeys in Classic Films.

Monday, September 10, 2012

Elsa Lanchester, a monstra boa


A extensa galeria de personagens memoráveis da Universal Studios, criada e reunida em um século de filmes, não poderia ser mais variada. Voltando para as décadas de 1920 e 1930, vemos que o sucesso era garantido quando o estúdio fazia algum filme com montros. Na safra de continuações de ideias que dão certo, Frankenstein ganhou, quatro anos após o aparecimento nas telas, uma nova chance de aterrorizar as plateias e, por que não?, uma companheira igualmente tenebrosa.  
Em 1931 estrearam dois fenômenos da Universal: Drácula e Frankenstein, que imortalizaram seus intérpretes, respectivamente, Bela Lugosi e Boris Karloff. Quem pensava que o monstro feito de cadáveres foi destruído ao final do filme foi surpreendido por uma continuação feita em 1935: A Noiva de Frankenstein. Novamente aparece uma interrogação nos créditos iniciais: quem interpreta a cadavérica pretendente. Não é preciso ficar na dúvida como se você estivesse vendo o filme na década de 1930. A história nos legou o nome da intérprete: Elsa Lanchester.
Nascida na Inglaterra em 1902, Elsa começou a carreira como dançarina e em 1927 conheceu o ator Charles Laughton, com quem se casou dois anos depois, num matrimônio que durou 43 anos. Os dois trabalhariam juntos em 12 filmes. Elsa estreou no cinema em 1925 no filme “The Scarlet Woman” e em 1928 estrelou três curtas escritos especialmente para ela, nos quais Laughton aparece como extra. Com o sucesso do marido, em 1933 o casal vai para Hollywood e, dois anos depois, ela tem sua grande chance: interpretar uma monstra que não fala.
O doutor Frankenstein (Colin Clive) tem sua loucura criadora redespertada pelo igualmente maluco Dr. Pretorius (Ernest Thesiger). Uma das cenas mais interessantes é aquela em que Pretorius mostra a Frankenstein algumas criaturas em miniatura que ele fez e aprisionou em vidros. Para esta cena os atores foram filmados em jarras imensas sob fundo de veludo e depois a filmagem foi alinhada às jarras do laboratório. Uma das criaturas, a sereia em miniatura, foi interpretada pela nadadora e dublê de Maureen O’Sullivan nos filmes de Tarzan. Mas claro que o destaque fica para a criação da noiva.
Elsa também vive a escritora Mary Shelley no começo do filme e aí é possível admirarmos toda sua beleza. Não que a monstra não tenha seu charme! O cabelo, inspirado em Nefertiti, é preto com faixas brancas imitando trovões. Além disso, ela é muito alta, requerindo que Elsa usasse saltos altíssimos. Os grunhidos da criatura, tão primitiva na comunicação quanto o monstro original, foram idealizados por Elsa, inspirando-se no barulho dos cisnes, e lhe renderam uma dor de garganta após as filmagens. Curiosamente, uma cena de Elsa como Mary Shelley foi censurada pelo código Hays porque o censor acreditou que seus seios estavam muito visíveis.      
Novamente os cenários misturam a tecnologia fantástica do laboratório, o luxo da casa do doutor Frankenstein e a simplicidade dos lugares por onde o montro passa, com destaque para o casebre de um senhor cego que lhe oferece pão e vinho (sinal de comunhão?).
A ideia de fazer uma sequência para o sucesso de 1931 foi imediata, mas até surgir a história perfeita foram necessários quatro anos. John L. Balderston lembrou-se de uma passagem do livro em que o monstro pede por uma companheira, ao que o doutor atende, mas destrói sua nova criação antes de dar-lhe a vida. Em uma versão mais recente de Frankenstein, de 1994, o monstro e sua noiva surgem no mesmo filme, e o doutor usa o corpo de sua noiva Elizabeth como base para a monstra. Em ambas as versões ela repudia seu pretendente e prefere morrer a entregar-se a ele.
Cabe às sessões de curiosidades notar que a noiva de Frankenstein foi o único monstro da Universal Studios que não matou ninguém. E aos fãs do gênero terror fica essa obra-prima de um estúdio expert que foi capaz de fazer uma continuação ainda melhor que o original.    

This is my first entry to the Universal Backlot Blogathon, hosted by the awesome Kristen at Journeys in Classic Films.

Tuesday, September 4, 2012

Myrna Loy: fatos rápidos



Myrna Loy: fast facts

  • Myrna Adele Williams nasceu em 2 de agosto de 1905 e faleceu em 14 de  dezembro de 1993. Seu pai escolheu o nome dela ao passar por uma estação de trem chamada Myrna. Ela cresceu na mesma cidade que Gary Cooper.
  • Myrna Adele Williams was born on August 2nd, 1905, and died on December 14th, 1993. Her father named her after a whistle stop. She was raised in the same town as Gary Cooper.
  • Quando o pai morreu durante a epidemia de gripe espanhola de 1918, Myrna, o irmão e a mãe, uma pianista, foram para Los Angeles.
  • When her father died during the 1918 Spanish flu epidemic, Myrna, her brother and mother, a pianist, moved to Los Angeles.
  • Sua estreia nos palcos foi aos 12 anos, ao apresentar uma dança que ela mesma havia coreografado. Dançar permaneceu como seu hobby para toda vida. 
  • She debuted on the stage at age 12, when she presented a dance she had choreographed herself. Dancing remained her hobby for life. 
  • Na escola em que estudou há uma estátua dela feita em 1921. Myrna teria posado para a figura “Inspiração”.
  • At the school she attended there is a statue of her from 1921. According to the legend, Myrna posed for the “Spitirual” figure. 
  • Ela apareceu dançando em números antes dos filmes serem exibidos. Alguns dos trabalhos foram em sessões de “Os Dez Mandamentos” (1923) e “O Ladrão de Bagdá” (1924). Foi numa dessas apresentações que a esposa de Valentino, Natacha Rambova, viu Myrna e conseguiu um trabalho para ela. Antes disso, curiosamente, ela havia falhado em um teste para um filme de Valentino.
  • She was a dancer in the prologue of some film exhibitions. Some of her works were in sessions before “The Ten Commandments” (1923) and “The Thief of Bagdad” (1924). It was during one of those presentations that Valentino’s wife, Natacha Rambova, saw Myrna and got a job for her in Hollywood. Before that, as a curious fact, Myrna turned down in a test for a Valentino movie. 
    The Shows of Shows, 1929
  • No cinema mudo Myrna fez pequenos papéis no estilo vamp ou femme-fatale, notadamente na Warner. Só conseguiu melhores personagens ao assinar contrato com a MGM.
  • In the silent era Myrna played small parts as a vamp or femme-fatale, usually at Warner. She only got better parts when she signed with MGM.
  • Ela esteve no primeiro filme com som sincronizado (e com maior quantidade de beijos na história), “Don Juan” (1926), e também no primeiro filme com diálogos, “O Cantor de Jazz” (1927). 
  • She was in the first film with synchonized sound (that is also the one with the most kisses ever), “Don Juan” (1926), and also in the first film with spoken dialog, “The Jazz Singer” (1927).
  • Seu papel mais famoso com certeza é o de Nora Charles na série The Thin Man. Foram seis filmes ao lado de seu amigo William Powell. O papel abriu portas para que ela interpretasse mulheres sofisticadas, espirituosas e inteligentes.
  • Her most famous role certainly is Nora Charles in the Thin Man series. She played Nora in six films alongside her friend William Powell. The role gave her the opportunity to play more sophisticated, witty and intelligent women. 
  • Em 1936 ela foi eleita a Rainha dos Filmes, ganhando uma coroa de lata e veludo roxo, e o rei foi Clark Gable. No começo, quando fizeram “Asas da Noite” (1933), Gable e Loy se estranharam, mas ficaram amigos e fizeram filmes juntos.
  • In 1936 she was elected Queen of the Movies and got a crown made of tin with purple velvet. The chosen King was Clark Gable. At first, while working in “Night Flight” (1933), Gable and Loy didn’t get along, but they ended up becoming friends and made seven films together. 
  • Durante a década de 30 o que as mulheres mais queriam ao procurar um cirurgião plástico era ter o perfil de Myrna Loy.
  • During the 1930s most women who looked for plastic surgery wanted to have Myrna Loy’s profile. 
  • Myrna e William Powell fizeram 14 filmes juntos, sendo que o último contém apenas uma participação de Myrna como esposa do personagem de William.
  • Myrna and William Powell made 14 films together. On the last one Myrna has only a cameo as William’s character’s wife.  
  • Apesar de toda sua popularidade, Myrna jamais foi indicada ao Oscar. Em 1991 ela recebeu um Oscar Honorário e seu breve agradecimento foi transmitido ao vivo de seu apartamento em Manhattan, onde morava desde 1960. 
  • Even though she was very popular, Myrna was never nominated for an Oscar. In 1991 she was awared an Honorary Oscar and her brief acceptance speech was broadcasted live from her Manhattan apartment, in which she had lived since 1960. 
  • Era grande amiga de Joan Crawford e, tendo feito uma peça com Christina Crawford, filha adotiva da atriz, pôde sair em defesa de Joan após a publicação do livro difamatório “Mommie Dearest”.  
  • She was good friends with Joan Crawford and, after having acted in a play alongside Christina Crawford, Joan’s adoptive daughter, she could defend her friend when the defamatory book “Mommie Dearest” was published.  
  • Ela foi a primeira atriz a trabalhar para a UNESCO, servindo de 1949 a 1954 como consultora de filmes para a instituição. 
  • She was the first actress to work for UNESCO, serving from 1949 to 1954 as a consultant for the institution.
  • Sua primeira peça na Broadway foi aos 68 anos, em 1973, em “As Mulheres”. Na versão cinematográfica de 1939, ela foi uma das duas únicas grandes estrelas da MGM (a outra foi Greta Garbo) que ficou fora do filme. 
  • She did her first play on Broadway at age 68, in 1973: “The Women”. In the film version from 1939, she was one of only two big MGM stars who weren’t in the cast (the other one was Greta Garbo).
À esquerda, George Cukor, John Wayne e Myrna
  • A partir da década de 1970, Myrna fez vários filmes para a televisão. Seu último trabalho foi “Summer Solstice” (1981), também o último trabalho de Henry Fonda. 
  • From 1970 on, Myrna worked in several made-for-TV movies. Her last work was “Summer Solstice” (1981), also Henry Fonda’s last work. 
  • Nunca viveu das glórias do passado e elogiou novos talentos que surgiram nas décadas seguintes, como Liza Minnelli e Barbra Streisand. 
  • She never lived through the glories of her past (in a “Norma Desmond” fashion) and often complimented the talents who appeared in the following decades, like Liza Minnelli and Barbra Streisand. 
  • Myrna casou-se e divorciou-se quatro vezes e não teve filhos. Era democrata e feminista, foi contra a onda anticomunista em Hollywood, apareceu na lista negra de Adolf Hitler por se dizer contra o ditador e era a atriz favorita do gângster John Dillinger, que foi morto logo após uma sessão do filme “Vencido pela Lei” (1934). 
  • Myrna got married and divorced four times and had no children. She was a democrat and feminist, was against the anti-communist wave in Hollywood, appeared in Adolf Hitler’s black list when she criticized the dictator and was the favorite actress of gangster John Dillinger, who was killed right after seeing “Manhattan Melodrama” (1934) in a movie theater.
Por último, mas não menos importante, um assunto que nada tem a ver com Myrna Loy: mais um selinho que eu ganhei, novamente de minha amiga Iza do blog Vintage Iz. O prêmio deve ser repassado a dez outros blogs, e, como está na imagem, um dos critérios para a escolha é a beleza do blog (tanto no visual quanto na beleza da escrita). E os escolhidos são...

Devaneios