} Crítica Retrô: Charada / Charade (1963)

Tradutor / Translator / Traductor / Übersetzer / Traduttore / Traducteur / 翻訳者 / переводчик

Wednesday, November 2, 2011

Charada / Charade (1963)

Romance, comédia, aventura, suspense, mistério, tudo ao mesmo tempo agora! É isso que é “Charada”, um filme instigante do começo ao fim, estrelado por duas das mais charmosas criaturas que já apareceram no cinema: Audrey Hepburn e Cary Grant.
Audrey é a rica e elegante Regina Lampert, que descobre logo no início que seu marido foi assassinado e alguns de seus ex-colegas de trincheira estão atrás de uma fortuna roubada por eles durante a Segunda Guerra Mundial. Sem saber o paradeiro do dinheiro, mas ainda assim correndo perigo, ela contará com a não muito confiável ajudo de Peter Joshua (Grant), um homem que troca de identidade como quem troca de roupa. 
O filme começa com psicodélicos créditos feitos pelo sempre criativo Saul Bass, bem anos 1960, ao som de “Charade”, composta por Henry Mancini. Logo de cara, um corpo é jogado para fora de um trem. Depois de um corte, vemos, num momento de tensão, Audrey ameaçada por uma arma de fogo que logo se revela ser apenas um brinquedo que espirra água. Daí já sabemos o que se pode esperar do filme: muitas surpresas e reviravoltas.
A direção fica por conta de Stanley Donen, mais conhecido por seu trabalho junto a Gene Kelly em “Um dia em Nova York” e “Cantando na Chuva”, entre outros. O diretor dá ao filme toques de suspense hitchcockiano, aproveitando-se da presença de Grant, que já trabalhara com o mestre do suspense em algumas ocasiões (“Interlúdio”, “Ladrão de Casaca”, “Intriga Internacional”). Stanley também faz uma ponta, não com o corpo, mas com a voz, dublando o homem que sai do elevador. No entanto, as seguidas surpresas no andamento do filme dão a esse falso clima de mistério uma ironia fina, só conseguida na época dourada da sétima arte.

Ironia e elegância que muito se devem ao casal protagonista. Imaginados antes como Natalie Wood e Warren Beatty, Regina e Peter não podiam encontrar intérpretes mais carismáticos que Audrey e Cary. Além de usarem belas roupas, os dois atores têm uma química única. Cary Grant, a princípio, ficou preocupado em interpretar, aos 59 anos, um homem que se envolve com uma garota como Audrey, na época com 33 anos. Por isso o roteirista Peter Stone fez com que as falas mais sugestivas passassem para ela, dando a entender que a jovem Audrey é que se interessara por ele. O resultado agradou a todos. Cary Grant disse, inclusive, que tudo o que queria de Natal era fazer outro filme com Audrey, desejo que, infelizmente, Papai Noel nenhum conseguiu realizar.  
Hepburn volta neste filme a trabalhar com velhos conhecidos: o compositor Henry Mancini, o estilista Givenchy, o diretor Stanley Donen (que fez “Cinderela em Paris”) e a própria Cidade Luz. No mesmo ano a atriz filmou “Quando Paris alucina”, mesclando, mais uma vez, seu charme com a magia parisiense.
Entre danças com laranjas, banhos com roupas, perseguições malucas e lutas no telhado, o casal esbanja sintonia. Mas não podemos nos esquecer de que nem só de protagonistas vive uma película: aqui também os coadjuvantes são destaque, a exemplo de Walter Matthau e James Coburn.
Talvez um pouco esquecido, mas ainda assim muito divertido, “Charada” está em domínio público, pronto para ser redescoberto por milhares de cinéfilos, amantes de moda, boa música, suspense, comédia e romance. Em suma, um filme para agradar a todos!

13 comments:

Unknown said...

Vc é mesmo muito dinâmica. Seguindo...Bjs.

Valéria said...

Oi Lê!
passei para agradecer sua visita e palavras gentis em meu blog!
Audrey é puro glamour e os clássicos serão sempre uma boa pedida!
beijos e tudo de bom!

ANTONIO NAHUD said...

Vi esta semana, Lê. Fiquei impressionado com a química entre Grant e Audrey. Maravilha.

O Falcão Maltês

Anonymous said...

Muito interessante o que tu fazes. Indicarei teu blog a um amigo.

robertavladya.blogspot.com

Jefferson C. Vendrame said...

Ótimo filme, Hepburn e Grant deveriam ter sido imortais, pois são muitos bons, em todos os seus filmes.

PARABENS PELO POST E POR TODO O BLOG.

Abração

Unknown said...

Ah, adorei essa 'resenha'. A Audrey é imenso luxo e delicadeza. Uma verdadeira boneca de luxo!

blog da Paraguassu said...

Olá Lê,
estou vindo a seu blog pela primeira vez, mas já, de cara, me amarrei nele e vou ficando. Já a estou seguindo.
Vou procurar ver este filme, pois sempre fui fã inconteste de Cary Grant e de Audrey Hepburn.
Gostaria que conhecesses meu espaço. Espero que gostes de lá.
Um beijo e uma semana iluminada para você.
Maria Paraguassu.

Denise Portes said...

Gostei muito de passear por aqui, vou voltar.
Um beijo
Denise

Berzé said...

De muito bom gosto seu blog.Legal vc tão jovem , aberta para a eternidade dos clássicos!
Abração!
Berzé

Ana Coeli Ribeiro said...

Que legal saber um pouco mais destes atores, Audrey é maravilhosa e linda! Adoro!
Bjs e Luz!
Ana

Anonymous said...

Ótimo filme, há muito tempo não o vejo. Assim que puder vou revê-lo. Parabéns pelo blog, Letícia.

Quasímodo said...

Oi, Lê.

Aqui cheguei através da amiga Lúcia, da "Cadeirinha de Arruar".

Você está de parabéns, tão jovem e apreciadora do cinema e de filmes de uma época mágica dessa arte.

Estarei te seguindo.

Um abraço.

Andrea Gondim said...

Aqui encontrei duas grandes lendas do cinema norte-americano, afinal segundo o AFI, Cary Grant é a 2ª maior lenda do cinema entre os atores e Audrey Hepburn a 3ª maior lenda entre as atrizes. Os clássicos hollywoodianos sempre me chamaram a atenção, e creio eu, devo ter assistido a maior parte deles. Parabéns pelo seu blog, um espaço de conteúdo e bastante encorpado.

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...