Não costumo ver
filmes repetidas vezes. Esse é um hábito da infância que abandonei, uma vez que
costumava, por exemplo, ver episódios de meus desenhos favoritos até decorar as
falas. Quanto a meus filmes favoritos, prefiro ver uma vez, talvez duas, e depois
assistir a um pedacinho no computador ou quando eles são exibidos na televisão.
E quais filmes merecem essa regalia de minha parte? Aí estão eles, em ordem
crescente “de idade”:
A caixa de Pandora
(1929):
Nunca revi este filme que coloco entre minhas películas silenciosas favoritas.
Mesmo assim, a vontade que tenho é de ver tudo de novo e de novo, para gravar
cada ato na memória, bem como cada ação, reação e figurino da linda Louise
Brooks.
Inimigo Público / The
Public Enemy (1931):
Vi este filme duas vezes em menos de um ano. Bastaram alguns minutos para que
James Cagney se tornasse meu ator favorito, e sua performance aqui é digna de
replay.
E o mundo marcha / The world moves on (1934): John Ford é um dos meus diretores favoritos.
Seu nome me atraiu a atenção para este filme, que acabou sendo uma boa
surpresa. Contando a história de uma família que administra uma companhia de
algodão durante as primeiras décadas do século XX, possui excelentes e
proféticos momentos.
Nasce uma Estrela / A
Star is Born (1937): Este
é meu filme favorito de todos os tempos. Ponto.
A dama de Xangai /
The lady from Shanghai (1947): Orson Welles, seu gênio louco! Depois de
pintar de loiro o cabelo de sua então esposa Rita Hayworth, que entrava com o
pedido de divórcio, ele criou uma obra-prima noir, com direito a muitos
pensamentos profundos, inclusive sobre os tubarões do Brasil.
Forte Apache / Fort
Apache (1948): O
filme que me fez prestar mais atenção a Henry Fonda, aqui interpretando um
vilão, transformou-se também em meu western favorito, ao lado do pouco
convencional “Johnny Guitar”, de 1954.
Shirley Temple no poster |
Um dia em Nova York /
On the Town (1949):
Musicais são o remédio perfeito para curar a tristeza. Com Gene Kelly, meu
melhor terapeuta, passeei por Nova York na companhia de um grupo adorável e me
diverti muito.
Crepúsculo dos Deuses
/ Sunset Boulevard (1951): Neste exato momento, eu colocaria “Crepúsculo dos Deuses”
no topo do ranking de melhores filmes de todos os tempos. Pelo menos, é o
melhor filme sobre filmes já feito.
Cinco Dedos / 5
fingers (1952):
Talvez desconhecido, mas não por isso menos brilhante. James Mason, como um
criado do embaixador inglês que também é espião, está excelente num filme capaz
de surpreender qualquer um.
O homem de mil faces/ Man of a thousand faces (1957): Mais James Cagney! Como o astro do cinema
mudo Lon Chaney, ele está maravilhoso em um filme comovente, que me despertou a
curiosidade sobre o próprio Lon.
Cupido não tem
bandeira / One, two, three (1960): A divertida comédia com James Cagney usa um
momento histórico tenso como mote para muita diversão. Este filme também me
ensinou as duas únicas expressões que eu sei em alemão: “Guten tag” (Bom dia) e
“Sitzen machen” (Sentem-se).
Robin Hood de Chicago
/ Robin and the seven hoods (1964): Esse é um presente perfeito para os fãs de
filmes de gângster e musicais, pois ele consegue juntar os dois. Com muito
humor e música, o Rat Pack subverte os clichês e nos faz morrer de rir.
O Artista / The
Artist (2011):
Também não revi este vencedor de cinco Oscars, mas ver um filme mudo no cinema
foi indescritível. Assim como “As aventuras de Hugo Cabret / Hugo”, pretendo
assisti-lo várias vezes quando for exibido na televisão!
Analisando a lista,
percebo que vi a maioria destes filmes pela primeira vez justamente na época em
que não tinha tempo para ver tantos filmes. Devido ao fato de ter um precioso tempo
para sentar, relaxar e ver um filme, eu aproveitava mais esses momentos. E como
eram raros, era mais fácil eu me lembrar de detalhes de um filme, pois o
intervalo entre um e outro era longo. Não digo que me arrependo de ver muitos
filmes, apenas que, de fato, qualidade conta mais que qualidade.
Conheça mais filmes que os blogueiros amam de
montão em: “I totally f***ing love this movie blogathon”, at The Kitty Packard Pictorial.