} Crítica Retrô: The Mystery of the Mary Celeste aka Phantom Ship (1935)

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Saturday, December 2, 2023

The Mystery of the Mary Celeste aka Phantom Ship (1935)

 Ele pode ser mais conhecido por interpretar o papel principal de “Drácula” (1931), mas Bela Lugosi fez 113 filmes numa carreira que durou quatro décadas. Ele fez seu primeiro filme mudo na sua Hungria natal em 1917, depois de ter feito 172 peças em palcos húngaros. De seu primeiro filme até o último - “Plano 9 do Espaço Sideral” (1957) - ele criou personagens variados, muitas vezes sinistros, como o marinheiro na produção britânica de 1935 “The Mystery of the Mary Celeste”.

  

He may be better known for playing the title role in “Dracula” (1931), but Bela Lugosi appeared in 113 films in a career that spanned four decades. He made his first silent film in his native Hungary in 1917, after appearing in 172 plays on the Hungarian stages. From this first film until the very last - “Plan 9 From Outer Space” (1957) - he created varied characters, often sinister, like the sailor in the 1935 British production “The Mystery of the Mary Celeste”.

Um porto em Nova York, 1872. O capitão Bnjamin Briggs (Arthur Margetson) está prestes a zarpar com seu navio, o Mary Celeste, levando consigo sua noiva, Sarah (Shirley Grey), que será a única mulher no navio. A notícia do noivado deles incomoda o amigo de Benjamin, o também capitão Jim Morehead (Clifford McLaglen).

 

A harbor in New York, 1872. Captain Benjamin Briggs (Arthur Margetson) is ready to sail with his ship, the Mary Celeste, taking as personal cargo his fiancée, Sarah (Shirley Grey), who will be the only woman in the ship. The news about their engagement upset Benjamin’s friend, also Captain, Jim Morehead (Clifford McLaglen).

Entre os homens escolhidos para fazer parte da tripulação do Capitão Briggs temos A. Gotlieb (Bela Lugosi), um marinheiro de um braço só que havia desaparecido por um tempo mas magicamente reapareceu nas docas uma noite. Apesar de sua presença sinistra, a viagem começa como planejado, até mesmo com marinheiros cantando. Não demora para que a primeira briga a bordo aconteça, algo que horroriza Sarah. A verdade é que o Capitão Briggs não tem a melhor tripulação porque os bons marinheiros se recusaram a zarpar com o Mary Celeste.  

 
Among the men chosen to be part of Captain Briggs’ crew there is one-armed A. Gotlieb (Bela Lugosi), a mate who had disappeared for a while before magically reappearing at the docks one night. Despite his eerie presence, the voyage begins as planned, even with singing sailors. It doesn’t take long for the first on-deck fight to happen, something that horrifies Sarah. The truth is that Captain Briggs doesn’t have the best crew because the good men refused to sail in the Mary Celeste.

Quando o Mary Celeste zarpa, a morte está a bordo do navio. É isso que Gotlieb - que não é quem diz ser - diz para Sarah quando as coisas começam a ficar estranhas a bordo. E elas ficaram estranhas mesmo: o filme é baseado em um mistério real! Em cinco de dezembro de 1872, o Mary Celeste, um navio norte-americano, foi encontrado à deriva e completamente abandonado perto das ilhas Açores. Nenhum sinal dos dez passageiros a bordo - o que incluía o Capitão Briggs, sua esposa, sua filha de dois anos e sete marinheiros -, algo que levantou hipóteses sobre o destino destes desaparecidos.


When the Mary Celeste sails, death goes on board in the ship. This is what Gotlieb - who isn’t who he says he is - says to Sarah when things start to get weird on board. And they sure did: the film is based on a real mystery! On December 5th, 1872, the Mary Celeste, an American ship, was found drifting and derelict near the Azores islands. No sign of the ten passengers inside - including Captain Briggs, his wife, two-year old daughter and seven crew members -, something that arose hypothesis about the fate of those people.

O mistério logo serviu de inspiração para obras de ficção. Em 1884, um aspirante a escritor de 25 anos de idade chamado Arthur Conan Doyle escreveu um conto sobre o navio Marie Celeste e o intrigante desaparecimento da sua tripulação no meio do oceano. A história fez sucesso e ajudou a espalhar mitos sobre o navio, incluindo a maneira como seu nome era grafado.

 

The mystery soon became inspiration for fictional works. In 1884, a 25-year old aspiring writer named Arthur Conan Doyle wrote a short story about the ship Marie Celeste and the intriguing disappearance of its crew mid-ocean. The story was a success and helped spread myths about the ship, including about the spelling of its name.

A história inspirou duas peças para o rádio nos anos 1930, e uma peça de teatro inspirada numa dessas peças de rádio em 1949. Foi também contada no curta-metragem de 1938 “The Snip That Died” e até mesmo num episódio do Doctor Who de 1965.

 

The story inspired two radio plays in the 1930s, and a theater play based on one of those radio plays in 1949. It was also chronicled in the 1938 short film “The Snip That Died” and even featured in a Doctor Who episode in 1965.

E foi, obviamente, a inspiração para o filme “The Mystery of the Mary Celeste”. Com apenas 62 minutos de duração, não é uma obra-prima, mas diverte. Foi um dos primeiríssimos filmes lançados pela recém-nascida - fundada em 1934 - Hammer Productions Ltd. Por causa disso, o filme gera curiosidade e interessa a quem quer completar a filmografia de Lugosi e da Hammer, e também quem se intriga com o desaparecimento do Mary Celeste há mais de 150 anos - um mistério ainda não solucionado.

 

And it was, of course, the inspiration for the film “The Mystery of the Mary Celeste”. At only 62 minutes long, it’s not a masterpiece, but it can be enjoyed. It was one of the very first films issued by the newborn - founded in 1934 - Hammer Productions Ltd. Because of this, the movie is a curious piece, one that interests Lugosi and Hammer completists, as well as those intrigued by the disappearance of the Mary Celeste over 150 years ago - a mystery not yet solved.

 

“The Mystery of the Mary  Celeste” can be watched on YouTube.

 

This is my contribution to the Fourth Hammer and Amicus blogathon, hosted by Gill and Barry at Realweegiemidget Reviews and Cinematic Catharsis


4 comments:

Realweegiemidget Reviews said...

Thanks for bringing this post on this early Hammer film to the blogathon - it was a lovely surprise to see Lugosi in a Hammer film. I'm now intrigued by this real-life mystery. Thanks for joining us in the blogathon Le with such a captivating post.

John L. Harmon said...

Great review!
I thought about reviewing this film because the mystery of the Mary Celeste has intrigued me since I was a child, but then I found Paranoiac and knew it was the right film for me!

Rebecca Deniston said...

I'm glad this one is on YouTube, because it's always nice to see Bela Lugosi not playing Dracula. Great review!

MichaelWDenney said...

I remember reading about the Mary Celeste in books borrowed from the Occult section of our public library. A fascinating mystery. Thanks for reminding me that I really must watch Phantom Ship.

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