} Crítica Retrô: Astros de batina

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Friday, March 30, 2012

Astros de batina

Um dos maiores desafios do ofício de um ator é interpretar personagens muito diferentes de sua realidade. Isso exige estudo e preparo, além de uma boa dose de intuição. Para os homens, talvez um dos grandes desafios seja interpretar padres e outros clérigos. Com certeza, em Hollywood não havia muitos candidatos a santos fora das telas, mas no cinema temos muitos exemplos de astros de batina.

Spencer Tracy em “San Francisco” (1936) e “A Hora do Diabo / The Devil at Four O’Clock” (1961): Se Deborah Kerr encarnou uma freira em duas ocasiões (em 1946, em “Narciso Negro” e onze anos depois em “O Céu por Testemunha”), foi Spencer Tracy o ator que por duas vezes viveu um padre. Em ambas ele exerce o sacerdócio em meio a desastres naturais. Em 1936, ele dá vida ao Padre Tim Mullen, amigo do protagonista Blackie (Clark Gable) e tenta fazê-lo mudar de vida, até que acontece o grande terremoto de 1906. Vinte e cinco anos depois, ele interpreta o Padre Matthew Doonan, que precisa retirar um grupo de crianças de um leprosário antes que um vulcão entre em erupção. Para isso, ele contará com a ajuda de três condenados, entre eles Frank Sinatra .
Bing Crosby em “O Bom Pastor / Going my Way” (1944) e “Os sinos de Santa Maria / The bells of Saint Mary” (1945): O cantor e ator Bing Crosby interpretou o mesmo padre em dois filmes. No primeiro, pelo qual ele ganhou um Oscar, Padre Chuck O’Malley usa seus conhecimentos mundanos para ajudar um grupo de crianças e ainda canta a famosa música “Swinging on a Star”. E no ano seguinte ele repete o papel ao lado de Ingrid Bergman vestida de freira. A missão deles é salvar a escola da cidade de Santa Maria. Em uma terceira ocasião, no musical “Robin Hood de Chicago / Robin and the 7 Hoods” (1964), Crosby faz um número musical disfarçado de reverendo.

Frank Sinatra em “O Milagre dos Sinos / The Miracle of the Bells” (1948): Frank interpreta o Padre Paul neste filme que gira em torno da tentativa de um agente de transformar em um evento a morte de uma aspirante a estrela de cinema. Tendo falecido após fazer apenas um filme em Hollywood, a moça vai ser enterrada em sua cidade natal e seu agente pede que todas as igrejas toquem seus sinos por três dias.
Montgomery Clift em “A Tortura do Silêncio / I Confess” (1953): O Padre Michael Logan se vê numa situação difícil após ouvir a confissão de um crime. Respeitando a regra de tornar público o segredo do confessor, ele passa a ser o principal suspeito nesta obra de Hitchcock.
Gene Kelly em “O Bom Pastor / Going my Way” (1962-63): Em um ano da série, Gene interpretou o Padre Chuck O’Malley em 30 episódios, papel feito no cinema por Bing Crosby. Em uma história mais moderna, o padre chega para ajudar um reverendo mais velho (Leo G. Carroll) e ainda encontra um velho amigo (Dick York) que cuida do centro comunitário local. Mais informações sobre a série aqui. Amém!

13 comments:

Lumi 7 said...

ótimo texto, adorando relembrar esses grandes clássicos que preciso urgentemente rever! parabens pela pauta e pelas excelentes resenhas

M. said...

Todos estes padres muito competentes em seus papéis! Amei.

Francisco Sobreira said...

Lê,
Crosby fez mais um filme interpretando um padre: Prece para um pecador (1959), de Frank Tashlin, ao lado de Debbie Reynolds e Robert Wagner. Abraço.

ANTONIO NAHUD said...

Olá, Lê, estou preparando um post sobre os meus blogs favoritos. Peço que preencha os seguintes dados:


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O Falcão Maltês

Rubi said...

Lê! Mais um ótimo texto.
De todos que citou, fico com Bing Crosby em Os Sinos de Santa Maria. Esse é um daquels filmes inesquecíveis!

Hugo said...

Desta lista assisti apenas ao interessante "A Tortura do Silêncio" de Hitchcock.

Abraço

Joicy Sorcière said...

Quando leio textos como esse, chego a conclusão de que preciso assistir mais clássicos antigos!

Amo filmes, mas confesso, vejo poucos antigos! Dia desses assisti pela primeira vez o filme "doze homens e uma sentença", de 1957, com o Hanry Ford e não acreditei que fiquei tantos anos para assisti-lo. Está entre meus favoritos.

bjks

Iza said...

Ótimo post! Não sabia que o Frank Sinatra havia interpretado um padre, pra mim é novidade... Aquele filme do Hitchcock I Confess parece ser muito bom. Vou procurar.. Beijos!

ANTONIO NAHUD said...

Sou mais Monty como padre.

O Falcão Maltês

Unknown said...

muito legal o post, pena não ter visto nenhum desses filmes ainda, AINDA!!!

http://monteolimpoblog.blogspot.com.br/

Jefferson C. Vendrame said...

Montgomery Clift é sem Dúvidas o melhor entre esses citados, Imperdoável ele nunca ter vencido um Oscar...Enfim....

Legal o Post, mais uma de suas diversas e ótimas criações,

Grande Abraço

.lívia. said...

oi flor, mt obrigada por ter visitado meu blog! tbm amei por aqui, adoro filmes clássicos
t espero sempre no tofu ;*

www.tofucolorido.blogspot.com

Gilberto Carlos said...

Com certeza, Montgomery Clift é o melhor dos padres citados. Sua interpretação de dúvida é perfeita!

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