} Crítica Retrô: It might as well be Spring (Byington)

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Sunday, December 16, 2018

It might as well be Spring (Byington)


Ela podia ser a vizinha enxerida porém amável. Ela podia ser uma amiga carinhosa. Ela podia ser uma duquesa ou uma dama – ou mesmo uma empregada. Ela podia ser a forte e cuidadosa matriarca – um papel que ela interpretou várias vezes, e que encantava o público. O que mais pode fazer alguém chamada Spring (primavera) que não seja encantar? Assim como a estação, sua persona cinematográfica era sempre alegre, às vezes cômica, raramente odiosa. Estereotipada, talvez, talentosa, com certeza.

She could be the nosy yet lovely neighbor. She could be a supporting friend. She could be a duchess or a lady – or even a servant. She could be the strong and caring matriarch – a role she played over and over, and one that the audiences adored. What else can come from someone named Spring? As the season, her screen persona was always cheerful, sometimes comic, rarely enraging. Typecasted, maybe, talented, for sure.

“Pode soar banal, mas eu sou atriz apenas porque eu gosto de fazer isso – e porque eu não sei fazer mais nada muito bem.”

It may sound trite but I’m an actress strictly because I enjoy it - and because I can’t do anything else very well.

"Do Mundo Nada Se Leva / You Can't Take it With You" (1938)
Spring Dell Byington nasceu em 1886 no Colorado. Ela sempre amou atuar e começou um tour com uma companhia de teatro ainda na juventude. Entre 1903 e 1916, ela viajou pela América do Sul, representando em espanhol e em português. Em 1909, ela se casou com o gerente da companhia de teatro, Roy Chandler, e com ele teve duas filhas. Eles se divorciaram em 1920.

Spring Dell Byington was born in 1886 in Colorado. She always loved acting and started touring with acting company in her youth. Between 1903 and 1916, she toured through South America, performing in both Spanish and Portuguese. In 1909, she married the theater company manager Roy Chandler, and had two daughters with him. They divorced in 1920.


Ela fez sua primeira peça na Broadway quando tinha 28 anos. Seu primeiro filme, fez aos 34. Talvez fosse velha demais para explorar novos horizontes? Não, ela não era. Em uma coincidência curiosa, ela interpretou uma mãe em seu primeiro filme, o curta-metragem “Papa’s Slay Ride” (1930). Seu próximo papel no cinema foi como a matriarca da família March em “Quatro Destinos” (1933).

Her first Broadway credit came when she was 28. Her first film credit, when she was 34. Maybe too old to explore new horizons? Not for Spring. In a curious coincidence, she played a mother in her first film, the short subject “Papa’s Slay Ride” (1930). Her next film role was as the March family matriarch in “Little Women” (1933).


A partir de 1936, Spring Byington estrelou uma série de filmes de baixo orçamento, com 60 minutos ou menos, sobre a família Jones. O primeiro de um total de 17 filmes foi “Every Saturday Night), e o último foi “On their Own”, que estreou em 1940. Byington interpretava a senhora John Jones, enquanto Jed Prouty interpretava John Jones, Florence Roberts era a vovó Jones e os quatro filhos foram interpretados por vários atores diferentes. Dois dos filmes da família Jones foram escritos por Buster Keaton.

Starting in 1936, Spring Byington starred in a series of low-budget family films with 60 minutes or less about the Jones family. The first film of a total of 17 was “Every Saturday Night”, and the last was “On their Own”, release in 1940. Byington played Mrs John Jones, while Jed Prouty played John Jones, Florence Roberts was Granny Jones and the four children were played by several different actors. Two of the Jones family movies were written by Buster Keaton.


Eu já falei demais sobre Spring Byington. Vou deixar que ela – ou melhor, as personagens que ela interpretou – fale por si mesma. Veja o humor e o calor nas frases abaixo:

Enough of me talking about Spring Byington. I’ll let her – or rather, the characters she played – talk for herself. Notice the humor and the warmth in the lines below:


“Agora, Coronel, você está me deixando tão lisonjeada quando o querido Lorde Melbourne me deixou uma vez quando nos sentamos lado a lado em um banquete insuportável. “Lady Warrenton”, ele disse”, “você tem o poder de enlouquecer os homens.”” – Como Lady Octavia Warrenton em “A Carga da Brigada Ligeira”, 1936

“Now, Colonel, you’re flattering me just as dear Lord Melbourne did once when we sat next to each other at an intolerable meal call banquet. “Lady Warrenton”, he said, “you have the power to drive men mad.”” – As Lady Octavia Warrenton in “The Charge of the Light Brigade”, 1936


“Ei, ei. Não briguem, crianças. Pelo menos esperem para brigar depois do casamento.” – Como tia Ella em “Somos do Amor”, 1937

“Now, now. Don’t fight, children. At least until after you’re happily married” – As Aunt Ella in “It’s Love I’m After”,1937


“É o que você sempre diz, Mytyl, que você sente muito. Mas no dia seguinte você faz a mesma coisa, tudo de novo.” – Como Mamãe Tyl em “O Pássaro Azul”, 1940

“That’s what you always say, Mytyl, that you’re sorry. But the next day you do the same thing right over again.” – As Mummy Tyl in “The Blue Bird”, 1940


“Seu coração sempre foi maior do que a carteira do seu pai.” – Como Bertha Van Cleve em “O Diabo Disse Não”, 1943

“Your heart’s always bigger than your father’s pocketbook” – As Bertha Van Cleve in “Heaven Can Wait”, 1943


“Você fala como se astrologia fosse algo de que se envergonhar, como bruxaria ou ser Democrata.” – Como Nancy Potter em “Um Rival nas Alturas”, 1944

 “You talk as if astrology is something to be ashamed of, like witchcraft or being a Democrat.” – As Nancy Potter in “The Heavenly Body”, 1944


“Você não deve me levar a sério, senhorita. Ninguém me leva.” – Como Magda em “O Solar de Dragonwyck”, 1946

“You mustn’t take me seriously, Miss. No one ever does.” – As Magda in “Dragonwyck”, 1946


“Eu não te conheço tão bem quanto conhecia quando você era criança, mas você foi uma das crianças mais burras que eu já conheci!” – Como Suzie Robinson, falando com sua filha, em “Já Fomos Tão Felizes”, 1960

 “I don’t know you as well as I did when you were a child, but you were one of the dumbest children I ever met!” – As Suzie Robinson, saying to her daughter, in “Please, don’t eat the daisies”, 1960


Spring Byington apareceu em diversos filmes B e em fracassos de bilheteria. Entre 1954 e 1959, entretanto, ela teve seu próprio programa de TV, “December Bride”. A série teve origem no rádio, onde Spring também fazia o papel, e a companhia Desilu a escolheu para ser transposta para o novo meio. Durante a temporada de 1956-157, “December Bride” foi a quinta atração mais popular da televisão.

Spring Byington was in several B-movies and box-office failures. From 1954 to 1959, however, she starred in her own TV show, “December Bride”. The series was originated in the radio, where Spring also starred, and picked by the Desilu production company for the new medium. During the 1956-1957 season, “December Bride” was the fifth most popular show on TV.


Embora ela interpretasse esposas e mães com tanta frequência, em uma época em que a maioria das mulheres só podia aspirar a ser esposa e mãe, Spring Byington desafiou as expectativas. Divorciada com 24 anos de idade, ela nunca se casou, e dedicou toda sua energia à sua carreira. Ela foi ousada e sábia, e eu deixei exatamente sua frase mais sábia, de “Ver-te-ei Outra Vez” (1944), para fechar esta homenagem:

Although she played a wife and mother so often, in a time when most women could online aspire to be wives and mothers, Spring Byington defied the expectations. Divorced at 24, she never remarried, and dedicated all her energy to her work. She was bold and wise, and I left exactly her wisest quote, from “I’ll Be Seeing You” (1944), to finish this tribute:

"A maioria dos sonhos é [impossível]. É o ato de sonhar que vale."

"Ninguém consegue exatamente o que quer na vida." 
This is my contribution to the Seventh What a Character! Blogathon, hosted by Aurora, Kellee and Paula at Once Upon a Screen, Outspoken & Freckled and Paula’s Cinema Club.

2 comments:

Caftan Woman said...

Your article on Spring Byington is absolutely charming. She enlivened so many of our favourite movies that the effect is of someone we actually know.

One of my favourite of her roles is as Ettie in Werewolf of London. Here she is rich and flighty, yet brave and thoughtful. She has a lovely wardrobe and a very interesting little scene with Warner Oland where they discuss fate and lost souls.

Silver Screenings said...

I adore Spring Byington in everything I've seen her in so far. I have no trouble believing her character, and I end up cheering for her character, too.

I didn't realized she married/divorced so young in life and never remarried.

Thanks for this tribute to Spring. I have even more admiration for her. :)

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