} Crítica Retrô: As Quatro Irmãs (1933) / Little Women (1933)

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Saturday, July 20, 2019

As Quatro Irmãs (1933) / Little Women (1933)


Cristóvão Colombo! Essa é a expressão usada pela heroína Jo March sempre que fica surpresa ou maravilhada. Eu também usei a expressão enquanto assistia à versão de 1933 de “As Quatro Irmãs”, uma história emocionante sobre vida familiar e sacrifício na década de 1860 – uma história tão linda que ainda mexe conosco e ecoa os laços de família que cultivamos na década de 2010.

Christopher Columbus! This is the expletive used by the heroine Jo March whenever she is surprised or amazed. I also used the expletive as I watched the 1933 version of “Little Women”, a heartfelt story about family life and sacrifice in the 1860s – a story so beautiful it still moves and echoes the family ties we experience in the 2010s.


As irmãs March ficam em casa com a mãe enquanto o pai está lutando na Guerra Civil Americana. Meg (Frances Dee) é a mais velha, uma garota obediente. Josephine ou Jo (Katharine Hepburn) é uma moleca criativa e atrapalhada. Beth (Jean Parker) é uma tímida pianista. Amy (Joan Bennett) é a mais nova, uma garota levada.

The March sisters and their mother stay home while the father is fighting in the American Civil War. Meg (Frances Dee) is the eldest, an obedient girl. Josephine or Jo (Katharine Hepburn) is a creative and clumsy tomboy. Beth (Jean Parker) is a shy piano player. Amy (Joan Bennett) is the youngest, a spunky girl.


As meninas têm a mãe, chamada de Marmee (Spring Byington) e uma tia sovina e em geral antipática (Edna May Oliver). Os vizinhos das meninas são o Senhor Laurence (Henry Stephenson) e o neto dele, Laurie (Douglass Montgomery). Quando Jo vai a Nova York, ela fica em uma pensão e lá conhece o Professor Bhaer (Paul Lukas).

The girls have their mother, called Marmee (Spring Byington) and a stingy and often unsympathetic aunt (Edna May Oliver). The girls’ neighbors are the Mr Laurence (Henry Stephenson) and his grandson Laurie (Douglass Montgomery). When Jo goes to New York, she stays in a boarding house and there she meets Professor Bhaer (Paul Lukas).


Cada garota tem uma história diferente, e temas como amor, viagem, autodescoberta, correr atrás dos sonhos e morte estão presentes. Eu adoro a maneira como cada personagem se desenvolve, e ninguém é o mesmo no começo e no final. Isso é verdade, por exemplo, para Amy, que no começo é uma menina sapeca e não muito esperta, em idade escolar, e se torna uma mulher charmosa e talentosa, sendo mostrada como uma boa pintora e ótima companhia.

Each girl has a developing storyline, and themes like love, travelling, self-discovery, pursuit of dreams and death are present. I love how each character really develops, and nobody is the same in the beginning and in the end. This is true, for instance, for Amy, who in the beginning is a naughty and not very bright schoolgirl, and develops into a charming and talented woman, being seen as a good painter and a good companion.


Joan Bennett, então com 22 anos, estava grávida da segunda filha durante as filmagens de “As Quatro Irmãs” – Joan teve quatro filhas. O figurinista Walter Plunkett teve de adaptar o figurino dela para esconder a barriga – o que nem sempre funcionou. Se você prestar atenção, verá algo mais interessante no figurino: as irmãs quase sempre trocam peças de roupa umas com as outras, o que simboliza a ligação afetiva entre elas.

Joan Bennett, then 22, was pregnant with her second daughter during the filming of “Little Women” – Joan would go on to have four daughters. Costume Designer Walter Plunkett had to adapt her wardrobe to hide the growing bump – which sometimes was impossible to do. If you look closely, you can see something more interesting about the costumes: the sisters often trade costumes with each other, which symbolizes the bond they have.


Joan Bennett teve muitas fases em sua carreira, todas bem marcadas por mudanças no visual. Durante sua primeira fase importante, como uma jovem heroína romântica, ela tinha cabelo loiro com muitos cachos – como aqui em “As Quatro Irmãs”. Eu sua segunda fase importante, como femme fatale em filmes noir, seu cabelo foi pintado de preto e seus cachos se tornaram mais esparsos.

Joan Bennett had several phases in her career, all well marked by changes in her look. During her first important phase, as a romantic young heroine, she had blond hair with tight curls – like here in “Little Women”. In her second important phase, as a noir femme fatale, her hair was died black and her curls were sparse.
 
Joan Bennett, 1933
Joan Bennett, 1945
Você pode ver no rosto das atrizes que elas estavam se divertindo muito enquanto faziam o filme. Katharine Hepburn estava em seu ambiente, interpretando uma moleca esperta – ela e Louisa May Alcott, autora do livro “Little Women”, foram assim quando jovens. Elogiar Katharine é algo que eu faço com frequência, mas nunca é um exagero. Frances Dee é a mais conservadora das irmãs, e Jean Parker – do filme “Sós no Mundo” (1934) – é a mais doce. Douglass Montgomery – por vezes creditado como Kent Douglass – é um mocinho decente para a forte heroína de Hepburn. De fato, os sonhos de Jo eram grandes demais para o ambiente doméstico.

You can see in the actresses’ faces that they were having a wonderful time doing the film. Katharine Hepburn was in her environment, playing a smart tomboy – like she was and like Louisa May Alcott, the author of the book “Little Women”, was. Praising Katharine is something I often do, but it’s never an exaggeration. Frances Dee is the most conservative of the sisters, and Jean Parker – from the film “Two Alone” (1934) – is the sweetest. Douglass Montgomery – sometimes billed Kent Douglass – is a decent leading man to a much stronger Hepburn. Indeed, Jo’s dreams are too big for her home environment.


“As Quatro Irmãs” foi um imenso sucesso para a RKO e ganhou o Oscar de Melhor Roteiro Adaptado. Por ter estreado durante a Grande Depressão, o filme alimentou as almas nostálgicas que sentiam falta de tempos mais simples e mais felizes. Ele também conquistou o Vaticano, que listou “As Quatro Irmãs” em sua lista de 45 grandes filmes, publicada em 1995.

“Little Women” was a huge success for RKO and won the Best Adapted Screenplay Oscar. Released during the Depression, it fed the nostalgic souls who longed for simpler and happier times. It also conquered the Vatican, who listed “Little Women” in its list of 45 great films, published in 1995.


O livro de Louisa May Alcott foi adaptado para telas grandes e pequenas mais de 30 vezes até agora. Esta versão de 1933 é uma das melhores adaptações, graças às adoráveis performances e à direção de George Cukor, que sempre trabalhou bem com atrizes. Mais do que isso, o filme nos recorda que pequenos momentos com quem amamos são a coisa mais importante da vida.

Louisa May Alcott’s book was adapted to both the big and the small screen more than 30 times so far. This 1933 version is one of the best adaptations, thanks to its lovely performances and to George Cukor’s direction, who always worked well with his actresses. Moreover, it reminds us that little moments with our loved ones were and are the most important thing in life.


This is my contribution to the Joan Bennett blogathon, hosted by Crystal at In the Good Old Days of Classic Hollywood.


4 comments:

Caftan Woman said...

Your article on Little Women is beautiful. It is a book I cherish and have read many times. I enjoy all of the movie and TV versions I have seen. It seems that each group of creators were sincere in their own way. However, it is the 1933 version that feels so very real to me and will always have a special place in my heart.

I think it is adorable that Joan Bennett and Elizabeth Taylor, so charmingly cast as mother and daughter in the movies about the Banks family, share the role of Amy March.

Realweegiemidget Reviews said...

Hi there, hope all good there... you've been tagged (again)

https://weegiemidget.wordpress.com/collaborations/film-fun/films-mad-about-ladd-tag/

from Gill at Realweegiemidget Reviews

Parker Bena said...

The second daughter she was pregnant with was Melinda.....my mother.

Sally Silverscreen said...

Good review! I've seen this particular version of "Little Women" before, but I only remember bits and pieces of it. By the way, I nominated you for the Blogger Recognition Award! Here's the link to the award post:

https://18cinemalane.wordpress.com/2019/07/09/i-received-my-first-blogger-recognition-award/

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