} Crítica Retrô: Ted (1925)

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Sunday, November 3, 2013

Ted (1925)

Preciso confessar uma coisa: eu vi “Ted”, filme de 2012 sobre um urso de pelúcia pouco convencional. E gostei.
Mas eu gostaria mais ainda se Ted fosse um filme mudo. Como assim? Bem, eu posso sonhar, não é mesmo?

Ted (1925), o elenco

John Bennet (Mark Whalberg): Harold Lloyd
Lori Collins (Mila Kunis): Clara Bow
Tami-Lynn (Jessica Barth): Mabel Normand
Rex (Joel McHale): Lew Cody
Participação especial: Douglas Fairbanks
Ted: um urso de pelúcia, ora essa!

Já que o ano é 1925, durante a Lei Seca americana, o nosso ursinho politicamente incorreto estaria envolvido no comércio ilegal de bebida, o que causaria grandes problemas para seu dono, John. Seria impossível não sentir compaixão pelo sempre adorável Harold Lloyd, pressionado por um lado pela exigente namorada, interpretada pela linda Clara Bow, e por outro sentindo o peso de uma amizade de mais de uma década com seu ursinho.
A única moça do cinema mudo louca o suficiente para namorar um urso de pelúcia é Mabel Normand. Essa seria a volta de Mabel depois de grandes problemas na vida real, incluindo o escândalo sexual de Roscoe ‘Fatty’ Arbuckle, o assassinato de William Desmond Taylor e o caso em que o motorista de Mabel atirou em um magnata que fez um comentário maldoso sobre a atriz. Mostrando o mesmo frescor e jovialidade de seus tempos áureos na década de 1910, Mabel seria a companhia perfeita para noites selvagens com Ted.   
Lew Cody, que já havia trabalhado com Mabel no maior sucesso da moça, “Mickey” (1918), aqui seria o chefe que é apaixonado por Lori (Bow) e não vê como ela pode namorar um homem como John. Charmoso e divertidamente malvado, o personagem Rex é perfeito para fazer um contraste com o amável e simplório John. A experiência de Lew Cody em mais de dez anos no cinema seria também motivo de segurança para Clara Bow, que ainda estava para encontrar seu lugar ao sol na indústria do cinema. E uma nota da vida real adicionaria tempero no filme: se Tami-Lynn (Normand) e Rex não tem nada a ver no filme, fora das telas Mabel Normand e Lew Cody se casaram em 1926.
Além de estar no auge, Harold Lloyd seria perfeito para o papel principal que exigiria algumas cenas arriscadas, em especial quando Ted está encrencado. Ao mesmo tempo, Clara Bow, ainda antes do seu ápice em 1927, brilharia como Lori, pois mesmo aos 20 anos Clara já era um símbolo sexual da mesma maneira que Mila Kunis é hoje.
Mesmo em 1925 já havia várias técnicas de animação e efeitos especiais, e muitas poderiam ser usadas para dar vida ao urso de pelúcia Ted. Obviamente, ele não seria dublado, como o foi em 2012 por Seth MacFarlane, mas a ele caberiam os mais divertidos intertítulos e talvez até alguns problemas com a censura.
Quem viu Ted sabe que John e seu urso cresceram idolatrando Flash Gordon. Como aqui estamos na era do cinema mudo, o ídolo de Harol Lloyd e seu urso de pelúcia será ninguém mais, ninguém menos que Douglas Fairbanks, protagonista de muitas aventuras no início dos anos 1920. Para eles e certamente para milhões de espectadores da época, Doug era o herói e o exemplo a ser seguido. E tanta devoção fará com que Doug apareça para Harold e Ted em um momento crucial...
Com muitos momentos divertidos, charme e aventura, Ted teria tudo para conquistar as platéias de 1925 e os corações de todos os fãs do cinema mudo. Ou será que você ainda preferiria a versão de 2012? ; )
Ted cria problemas para Harold


This is my contribution to The Great Silent Recasting Blogathon, hosted by the amazing blog Carole & Co. 

7 comments:

FlickChick said...

Love it! I confess I liked Ted, too - but oh how cute it would be with Harold and Clara & Mabel. However, some thing would have to be done about that supermarket scene....
Great post!

Hugo said...

Sua ideia é interessante, mas eu ainda prefiro o filme falado.

A voz de Seth MacFarlane foi um dos pontos principais da comédia.

Abraço

Suzane Weck said...

Ola querida amiga LE,não vi o filme antigo nem o atual,e não me perdoo por tal negligência.Agora com esta excepcional postagem que fizestes,não vejo a hora de fazer uma sessão dupla com este filme que sei que irei gostar muito,pois sou amarradona no TED.Meus cumprimentos e meu carinhoso abraço. SU

Unknown said...

Oi, Lê!
Não vi este filme, mas achei ótima a sua ideia de imaginar como seriam alguns trabalhos atuais com nossos amados astros e estrelas antigos.
Já pensou em escrever roteiros? Acho que vc leva jeito, hein!
Um abraço,
Dani.

Gilberto Carlos said...

Lê, eu também gostei de Ted. Já o seu roteiro é bastante interessante.

Ruby said...

Não vi Ted versão mais nova e nem sabia dele no passado, mas deve ser hilário ele e Herald. não imaginava que havia filmes dessa época passada, mas deve ser interessante, afinal ele é fofo, mesmo em preto e branco.

Anonymous said...

Muito bom, Letícia!

Entendo a sua diversão para criar roteiros imaginários, eu mesma adoro fazer isso. Não conheço tantos atores antigos como você, mas imagino como seria o Ted no cinema mudo e já me divirto. Com certeza, seria melhor

Beijos,

Mari
www.caixadamari.com

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