} Crítica Retrô: 42ª Giornate del Cinema Muto / 42nd Pordenone Silent Film Festival

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Wednesday, October 18, 2023

42ª Giornate del Cinema Muto / 42nd Pordenone Silent Film Festival

 

Pordenone é parte da minha história – pois eu fiz parte do Collegium em 2020. Eu sou parte da história de Pordenone – pois ganhei o prêmio do Collegium em 2021, no primeiro empate da história. Quando falo em “Pordenone” estou me referindo, obviamente, à Le Giornate del Cinema Muto, ou o Festival de Cinema Mudo de Pordenone. Mais uma vez, participei da Giornate online, interessadíssima na rica oferta de filmes restaurados acompanhados por músicos incríveis. E, mais uma vez, me diverti muito.


Pordenone is part of my story – as I was in the 2020 Collegium. I am part of Pordenone’s history – as I won the 2021 Collegium Prize, in its first-ever tie. The Pordenone I’m referring to is, of course, Le Giornate del Cinema Muto, or the Pordenone Silent Film Festival. Once again, I followed the Giornate online, interested in their rich offering of restored movies accompanied by amazing musicians. And, again, I had a blast.

Um dos curtas-metragens da atração de abertura, a série Transatlantic Echoes, foi “Rudi Sportsman”, filme de 1911 vindo do então Império Austro-Húngaro. Nele um homem, interpretado pelo diretor Emil Artur Longen, tenta praticar diversos esportes, falhando sempre. Eu fiquei imaginando se este Rudi era um personagem recorrente de Longen, como Marcel Perez tinha com seu Robinet e André Deed com seu Cretinett – um de seus curtas, “Cretinetti che Bello” (1909), também fez parte do programa. Eu gostei de saber que vários filmes do estúdio Kinofa do período compreendido entre 1908 e 1912 ainda existem. Um par de curtas deste programa já havia aparecido na Silent Comedy Watch Party, o que retirou o ineditismo deles para mim, mas mesmo assim foi divertido revê-los. A conexão com a Silent Comedy Watch Party é óbvia, porque um dos apresentadores da Party, meu amigo Steve Massa, foi um dos curadores do programa em Pordenone.


One of the shorts from the opening attraction, the Transatlantic Echoes series, was “Rudi Sportsman”, a 1911 flick from what was then Austria-Hungary. It has a man, played by the director Emil Artur Longen, trying and failing at several sports. I could only wonder if this Rudi was a recurring character Longen had, like Marcel Perez did with his Robinet and André Deed with Cretinetti – one of his shorts, “Cretinetti che Bello” (1909), was also part of the program. I was pleased to learn that several films from the Kinofa studios from the 1908-1912 period still exist. A couple of the shorts from this program had already appeared at the Silent Comedy Watch Party, so they weren’t new to me, but it was fun revisiting them. The connection to the Silent Comedy Watch Party is obvious, since one of the hosts of the Party, my friend Steve Massa, was a co-curator of the Pordenone program.

"Rudi Sportsman"

Nós frequentemente falamos em filmes perdidos quando o assunto é cinema mudo. “The Fox” (1921) era considerado um filme perdido, mas uma cópia foi encontrada num arquivo em Praga, na República Tcheca. Este filme forma parte de uma série sobre uma “estrela brilhante do céu dos primórdios do faroeste”: Harry Carey. Em “The Fox”, Carey interpreta Santa Fe, um andarilho que se torna ajudante do xerife de maneira curiosa – depois de ser preso duas vezes! – e ajuda a desmantelar uma gangue escondida no Deserto Mojave, onde o filme foi rodado. Curiosidade: este filme tem quase 150 cartelas de títulos, embora tenha apenas 77 minutos de duração – são quase duas cartelas por minuto!


We often talk about lost movies when the issue is silent cinema. “The Fox” (1921) was a film deemed lost, but a copy was found at a film archive in Prague, Czech Republic. This film is part of a series about “a bright star of the early Western sky”: Harry Carey. In “The Fox”, Carey plays Santa Fe, a wandering man who becomes the sheriff’s helper in an unconventional way – after being arrested twice! – and helps dismantling a gang hiding in the Mojave Desert, location where the film was shot. Curious info: this film has almost 150 title cards, despite being only 77 minutes long – it’s almost two title cards per minute!

Eu havia ouvido falar no sub-gênero “Filmes de Montanha” do período de Weimar, mas nunca havia assistido a um destes filmes. Isso mudou com “The Mountain of Destiny /Der Berg des Schicksals” (1924). Filmado sem um roteiro, o protagonista deste filme foi um campeão olímpico em esqui alpino! Hannes Schneider interpreta um alpinista fanático que morre tentando chegar ao topo de uma montanha altíssima, a Guglia del Diavolo. Anos depois, o filho deste homem (Luis Trenker, um famoso alpinista) e sua namorada Hella (Hertha von Walther) tentam escalar a mesma montanha. Foi um prazer e uma surpresa ver minha querida Von Walther aqui, e num papel importante: ela é uma de minha atrizes subestimadas favoritas do cinema mudo alemão.


I had heard about Weimar’s Mountain Films sub-genre, but had never watched one yet. “The Mountain of Destiny / Der Berg des Schicksals” (1924) changed that. Shot without a screenplay, this film’s lead was an Olympic champion in alpine skiing! Hannes Schneider plays a fanatic mountain climber who dies trying to reach the top of a very high mountain, Guglia del Diavolo. Years later, this man’s son (Luis Trenker, a famous alpinist) and his girlfriend Hella (Hertha von Walther) try to climb the same mountain. It was a pleasure and a surprise to see my dear Von Walther here, and in a prominent role: she is one of my favorite underrated performers of the German silent movies.

Uma das melhores coisas em Pordenone é redescobrir estrelas esquecidas. Isso aconteceu este ano com o ator, diretor, produtor e roteirista alemão Harry Piel: ele foi até mesmo citado como um dos atores mais populares em um jornal brasileiro de 1922 publicado em Recife, de acordo com o diretor de Pordenone, Jay Weissberg, em sal introdução ao programa duplo Harry Piel. Muitas cópias dos filmes de Piel foram perdidas em bombardeios na Segunda Guerra Mundial e o fato de ele ter se juntado ao partido nazista também não deve ter ajudado em sua carreira pós-guerra.


One of the best things in Pordenone is rediscovering forgotten stars. This year this happened with German actor, director, producer and screenwriter Harry Piel: he was even cited as one of the most popular actors in a 1922 Brazilian newspaper from Recife, according to Pordenone director Jay Weissberg in his introduction to the Harry Piel double program. Many copies of Piel’s films were lost in the WWII bombings and the fact that he joined the Nazi party probably didn’t help keep his career alive either.


O primeiro filme de Piel, “A Journalist’s Adventure / Das Abenteuer eines Journalisten”, estreou em novembro de 1914 e nele encontramos o tema da guerra. Um cientista chamado Cleavaers está desenvolvendo uma tecnologia para detonar minas submarinas sem o uso de fios, e é sequestrado por uma sociedade secreta de nome Medusa que quer roubar a invenção e receber uma recompensa do Ministério da Marinha. O salvador do cientista será um jornalista chamado Harrison (Ludwig Trautmann), namorado da filha que Cleavaers detesta. Embora o filme esteja incompleto, podemos acompanhar a aventura e há várias perseguições emocionantes.


The first Harry Piel film, “A Journalist’s Adventure / Das Abenteuer eines Journalisten” premiered in November of 1914 and the war theme is there. A scientist named Cleavaers is developing a technology for wireless detonation of submarine mines and is kidnapped by a secret society named Medusa that wants to steal his invention and receive a reward from the Ministry of the Navy. His savior will be a journalist named Harrison (Ludwig Trautmann), his daughter’s boyfriend who he dislikes. Even though the print is incomplete, we can follow the adventure and there are plenty of exciting chases. 

Tendo estreado em 1918, “The Rolling Hotel / Das Rollende Hotel” não tem nada a ver com a guerra. Uma questão sobre casamentos – Parker, o guardião de Miss Addy (Käthe Haack), dará a mão dela para Tom ou Johnson? – se transforma em uma disputa entre detetives quando Joe Deebs (Heinrich Schroth) leva Addy para viver num hotel rodante – isto é, num trailer – até que ela atinja a maioridade e possa se casar com quem desejar. Parker contrata o detetive Scharf para ajudá-lo a encontrar Addy – já que “Scharf” em alemão significa “apimentado”, ele com certeza apimenta as coisas no filme! Também uma cópia incompleta, como o filme anterior, as partes faltantes foram reconstruídas graças ao libreto da peça original. A sequência da corda-bamba nos Alpes – filmada em locação – é o destaque deste segundo filme dirigido pelo “Douglas Fairbanks alemão”.


Released in 1918, “The Rolling Hotel / Das Rollende Hotel” has nothing to do with war. An issue about weddings – will Parker, Miss Addy’s (Käthe Haack) guardian, give her hand to Tom or Johnson? – becomes a dispute between detectives when Joe Deebs (Heinrich Schroth) takes Addy to live in a rolling hotel – that is, a trailer – until she comes of age and can marry whoever she wants to. Parker hires detective Scharf to help him find Addy – being “Scharf” the German word for “spicy”, he surely is one to spice things up in the movie! Also an incomplete print, like the previous film, the missing parts were reconstructed thanks to the libretto for the original play. The tightrope sequence at the Alps – shot in location – is the highlight from this second film directed by “the German Douglas Fairbanks”.

Nós reencontramos Harry Piel, como diretor, produtor e ator, em “The Miracle of Tomorrow / Rivalen”, de 1923. Interpretando o que uma crítica da época chamou de “uma combinação de Casanova e Cagliosgtro”, Harry Piel é Harry Peel – um personagem autorreferente constante em sua obra -, um aventureiro que deve proteger sua amada Evelyn Evans (Inge Helgard) de Ravello (Charly Berger) durante um baile de máscaras. Ravello teve sua invenção recusada pelo pai de Evelyn, um industrialista que também se recusou a dar a mão de Evelyn para Ravello. Ao seu lado Ravello tem a vamp Julietta (Maria Wefers) – ou ao menos acha que a tem – e o cientista Chilton (Karl Platten), equipado com um robô gigante. Um filme emocionante, completo com perseguições e perigos para Harry Peel, ele tem o final em aberto, pois a conclusão do conflito viria em um filme posterior, “Der Letzte Kampf”.


We meet again Harry Piel, as director, producer and actor, in “The Miracle of Tomorrow / Rivalen”, from 1923. Playing what a review of the time called “a combination of Casanova and Cagliostro”, Harry Piel plays Harry Peel – a constant self-referential character from his oeuvre -, an adventurer who must protect his beloved Evelyn Evans (Inge Helgard) from Ravello (Charly Berger) during a masquerade. Ravello has had his invention refused by Evelyn’s father, an industrialist who also refused when Ravello proposed to Evelyn. By his side Ravello has the vamp Julietta (Maria Wefers) – or at least thinks he has – and the scientist Chilton (Karl Platen), equipped with a giant robot. An exciting film, complete with chases and dangers for Harry Peel, it has an open ending, as the resolution of the conflict would happen in a posterior film, “Der Letzte Kampf”.   

Italia Vitaliani foi prima da grande dama do teatro Eleonora Duse. Contrariando as populares divas de seu tempo, Vitaliani performa de maneira mais contida, como mostrado em “La Madre” (1917) – a comparação foi ainda mais clara pois foi exibido, antes do filme, um fragmento de um filme com a diva Leda Gys. Em “La Madre”, usando uma peruca e maquiagem pesada, Vitaliani interpreta Mamãe Roan, cujo único filho, Emanuel (Giuseppe Sterni, também diretor do filme), é um aspirante a pintor. Emanuel vai para a cidade grande, onde ele conhece a proto-femme fatale Isabella, uma modelo – com ênfase no “proto”. Preocupada, a mãe vai atrás dele para salvá-lo das garras de Isabella e para inspirá-lo a pintar sua obra-prima. “La Madre” foi o último filme de Vitaliani, que escolheu focar nos palcos e ensinar, continuando o legado da prima famosa.


Italia Vitaliani was the cousin of the great dame of theater Eleonora Duse. Contrary to the popular divas of her time, Vitaliani’s acting is more constrained and it shows in “The Mother / La Madre” (1917) – the comparison was clearer as a fragment of a film starring the diva Leda Gys was shown before the main feature. In “La Madre”, wearing a wig and heavy make-up, Vitaliani plays Mother Roan, whose only son, Emanuel (Giuseppe Sterni, also the director), is an aspiring painter. Emanuel goes to the city, where he meets the proto-femme fatale Isabella, a model – emphasis on “proto”. Worried, his mother goes after him to save him from Isabella and then inspires him to paint his masterpiece. “La Madre” was Vitaliani’s last film, as she decided to focus on stage acting and also on teaching, continuing her famous cousin’s legacy.

Da Filmoteca de Catalunya, em Barcelona, veio uma compilação de 20 filmes britânicos do primeiro cinema. Nestes filmes curtíssimos, temos um vislumbre de como era a vida há mais de cem anos – incluindo uma competição muito louca chamada de “paper chase”, mas também oferecendo uma visão de atividades divertidas nos Alpes, uma trupe de macacos ensinados, elefantes tomando banho no Ceilão e órfãos sincronizados. Os curtas de ficção mostraram alguma sofisticação para a época, como “Eccentric Burglary” (1905) com todos aqueles shots reversos. Meu favorito do programa foi “An Affair of Honour” (1904), um retrato muito engraçado de um duelo que deu errado.


From the Filmoteca di Catalunya, in Barcelona, came a compilation of 20 early British films. These very short movies offer a snippet of how life was over a century ago – including the very weird competition called “paper chase”, but also offering a view of fun in the Alps, a troupe of educated monkeys, elephants bathing in Ceylon and synchronized orphans. The fiction shorts showed some sophistication for the time, like “Eccentric Burglary” (1905) with all those reverse shots. My favorite of the bunch was “An Affair of Honour” (1904), a very funny portrait of a duel gone wrong.

"Sangers Circus Passing Through Inverness" (1900)

Outra compilação no programa trouxe quarenta e um filmes caseiros em 9,5mm vindos do mundo todo, feitos entre 1923 e 1960. Com filmes sobre coisas como comida e crianças brincando, o programa foi mais um que ofereceu uma vista d’olhos para um passado recente. Houve até espaço para alguns curtas mais experimentais!


Another compilation in the program brought forty-one 9,5mm home movies from all over the world, spanning the years 1923 to 1960. With movies about things such as food and children playing, the program was another one that offered a sneak peek of how lives were in the recent past. There was even room for some more experimental shorts!

Você se lembra de Silistria e outros reinos da Ruritânia na Giornate do ano passado? Eles estão de volta em 2023, e um filme da série é “A Woman of Distinction / Eine Frau Von Format” (1928). Ele conta as aventuras da Embaixatriz da Turquísia, Dschilly Zileh Bey (Mady Christians), que vai para a Silistria e conhece a Princesa (Diana Karenne) do reino. Dschilly está lá para comprar uma ilha, e assim inicia uma disputa diplomática com o Conde Geza (Peter Leska). Este raro filme centrado em personagens femininas foi acompanhado pela pianista Elaine Loebenstein e é muito divertido, contando até com cross-dressing.


Do you remember Silistria and other Ruritanian kingdoms from last year’s Giornate? They are back in 2023, and one film from the series is “A Woman of Distinction / Eine Frau Von Format” (1928). It follows the adventures of the Ambassador of Turquisie, Dschilly Zileh Bey (Mady Christians), as she goes to Silistria and meets the Princess (Diana Karenne) of the kingdom to buy an island, initiating a diplomatic dispute with Count Geza (Peter Leska). This rare female-centered movie was also accompanied by a female pianist, Elaine Loebenstein, and was a lot of fun, complete with cross-dressing.

Mae Murray brilha e mostra alguns passos de dança radicais em “Circe the Enchantress” (1924), um conto da era do jazz dirigido por Robert Z. Leonard, então marido de Mae. Neste filme, ela interpreta a socialite Cecilie que, embora seja amada por Jeff Craig (William Haines), decide seduzir seu vizinho, o doutor Van Martyn (James Kirkwood). Com incríveis sequências de festas, o filme toma um caminho melodramático perto do fim – típico da época em que foi feito.


Mae Murray shines and shows some rad dance moves in “Circe the Enchantress” (1924), a tale of the Jazz Age directed by Robert Z. Leonard, then Mae’s husband. In this film, she plays society girl Cecilie who, despite being loved by Jeff Craig (William Haines), decides to seduce her neighbor, Dr Van Martyn (James Kirkwood). With amazing party sequences, the film takes a melodramatic turn near the end – typical of its time.

O cinema de Weimar recebeu destaque na Giornate deste ano. Três gêneros de filmes de Weimar foram exemplificados: o Filme de Montanha (com “The Mountain of Destiny”), os filmes de aventura (de Harry Piel) e os Filmes de Rua com “The Street / Die Straβe” (1923). Este foi a obra-prima do diretor Karl Grune e uma influência para todos os filmes que têm uma cidade como personagem, caso de alguns filmes noir. A história – contada com um mínimo de cartelas de texto – é sobre um Marido (Eugen Klöpfer) que sai uma noite e se apaixona por uma Vamp (Aud Egede Nissen) e se mete em encrenca na casa dela. Quase irreconhecível, Max Schreck (mais conhecido como Nosferatu) interpreta um homem cego.


Weimar cinema was ostensibly showcased in this year’s Giornate. There were three genres of Weimar films exemplified: the Mountain Film (with “The Mountain of Destiny”), the adventure films (Harry Piel’s films) and the Street Film with “The Street / Die Straβe” (1923). This latter was director Karl Grune’s masterpiece and an influence for all films that have a city as a character, like some noirs. The story – told with minimum use of title cards – is about a Husband (Eugen Klöpfer) who goes out one night and falls for a Vamp (Aud Egede Nissen) and finds trouble in her house. Almost unrecognizable, Max Schreck (aka Nosferatu) plays a blind man.   

O filme que encerrou a 42a Giornate online foi “Conrad in Quest of His Youth”, um filme de 1920 de William C. DeMille – irmão de Cecil B. Conrad Warrener (Thomas Meighan) retorna da guerra e se sente nostálgico, por isso decide reencontrar velhos conhecidos para reviver os bons e velhos tempos – mas nada sai como ele esperava.


The film that closed the online 42nd Giornate was “Conrad in Quest of His Youth”, a 1920 film by William C. DeMille – Cecil B.’s brother. Conrad Warrener (Thomas Meighan) returns from the war and feels nostalgic, so he decides to reconnect with old acquaintances to relive the good old times – but nothing comes out as expected by him.

Muitas cópias este ano vieram do Bundesarchiv alemão, o que foi ótimo porque pude testar meu alemão lendo cartelas de texto. O arquivo tcheco Národní Filmový Archiv também colaborou muito, oferecendo filmes como “The Fox”, “Circe the Enchantress” e, no festival presencial, um filme perdido de 1918 sobre o Rio Amazonas aqui do Brasil.


Many prints this year came from the German Bundesarchiv, which was great because I could test my German reading intertitles. The Czech archive Národní Filmový Archiv also was a big player, offering films such as “The Fox”, “Circe the Enchantress” and, in the in-person festival, a missing film from 1918 about the Amazon River here in Brazil.

"The Mountain of Destiny" (1924)

Uma mudança muito boa feita no festival online este ano foi que os filmes ficaram disponíveis por 48 horas, não mais 24 como nas edições anteriores. Esta janela de tempo maior me ajudou muito e fez que eu e, como pude ler nas redes sociais, muitos outros pudéssemos aproveitar todas as sessões.


One very good change in this year’s online festival is that the movies were available for 48 hours, not 24 like in the previous editions. This bigger time window really helped me and, as I could read on social media, others fully enjoy the screenings.

"A Woman of Distinction" (1928)

Houve mais programas na Giornate presencial que não entraram na edição online, como a muito antecipada exibição de fragmentos de filmes que ecoam assuntos feministas. Para a Giornate online, entretanto, eu não consigo me decidir e escolher uma atração favorita, pois adorei tudo. Prova de que é possível  para uma pessoa assistir só filmes mudos pelo resto da vida sem se cansar, a Giornate del Cinema Muto mais uma vez trouxe alegria e conhecimento para nós ao redor do mundo.


There were more programs in the in-person Giornate that didn’t make the online edition, like a very anticipated screening of film fragments that echo feminist issues. For the online Giornate, however, I can’t come to terms and choose a favorite attraction, as I enjoyed it all immensely. Proof that one can watch only silent movies for the rest of one’s life and not be bored, the Giornate del Cinema Muto once again brought joy and knowledge to us all over the world.

2 comments:

Shawn Hall said...

Great write up for a great online festival! I really was blown away by the German features this year especially The Street. The 9 1/2mm collection was also a fun surprise.

Karen said...

Sounds like some great offerings -- I'm especially interested in the Circe movie with Mae Murray. I will have to check this out next year!

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