} Crítica Retrô: Vida de Cachorro / A Dog’s Life (1918)

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Saturday, February 18, 2012

Vida de Cachorro / A Dog’s Life (1918)

Muito antes de Rin-Tin-Tin, Skippy (ou melhor, Asta) e Lassie, houve um cãozinho que dividiu a tela com um grande astro, chegando até mesmo a roubar a cena. Em um dos primeiros filmes que têm num animal parte importante da trama, Charles Chaplin e seu amigo de quatro patas encantam a plateia, garantindo meia hora de boas risadas.

Before Rin-Tin-Tin, Skippy (better known as Asta) and Lassie, there was a dog that shared the screen with a great film star, and even stole the scene. In one of the first films with a leading role played by an animal, Charles Chaplin and his four-legged friend amaze the audience and give us half an hour of good laughs.
O vagabundo mora em um terreno baldio com um cachorrinho de nome Scraps, resgatado da fúria de cães maiores no início do filme por Chaplin. Juntos, os dois procuram comida com um vendedor interpretado por Sydney Chaplin, no primeiro filme em que ele trabalha com o irmão. Depois, eles vão em busca de diversão em um clube onde canta Edna Purviance, uma aspirante ao estrelato que não tem tido muito sucesso.

The Tramp lives in an empty lot with a little dog called Scraps. Scraps was rescued by Chaplin from a group of angry big dogs in the beginning of the movie. Together, the two outcasts look for food with a salesman played by Sydney Chaplin, who is working with his brother by the first time. Later, the Tramp and Scraps look for some fun in a club in which Edna Purviance sings. Edna is a wannabe star who is not very successful so far.
Não podemos negar que temos um protagonista animal. Ele está o tempo todo em cena, garantindo bons momentos – tanto divertidos quanto emocionantes. A personagem canina é de fundamental importância. Sua trajetória em muito se assemelha à do casal principal. É ele, também, quem acha a carteira cheia de dinheiro que promete dar uma vida melhor ao trio, até ser roubada. A cena do resgate do dinheiro, aliás, é sensacional. Mas nem tudo foi fácil nas gravações. Na simpática cena em que ele serve de travesseiro ao vagabundo, Chaplin teve de dar whisky ao cão para não ser mordido.


We can’t deny we have an animal lead. The dog is on the screen all the time and he is the source of several good moments – both fun and moving. The dog character is fundamental in the plot. Its story arc is very much alike the main couple’s. It is the dog, also, the one who finds a wallet full of money that is a promise of a better future – until the wallet is stolen. The scene with the reascue of the money, by the way, is sensational. But not everything was easy during filming. In the charming scene in which the Tramp uses the dog as a pillow, Chaplin had to give whiskey to the dog so it wouldn’t bite him.
Este foi o primeiro filme de Chaplin a somar um milhão de dólares nas bilheterias. Escrito, dirigido e produzido por seu protagonista, também foi o filme de estreia do estúdio First National Films (a United Artists, em que Chaplin era sócio, só surgiria no ano seguinte). Ele conviveu com cães desde a época do vaudeville, quando seu irmão introduziu os caninos em alguns números cômicos. Para o filme, ele testou 21 vira-latas até chegar a Mutt, o astro final, não sem antes haver, literalmente, muita briga de cachorro grande.

This was the first Chaplin film to earn a million dollars in the box office. Written, directed and produced by its leading man, “A Dog’s Life” was the first film released by First National Films (United Artists, the studio and distributor that Chaplin held partnership in, would only be founded in 1919). Chaplin had worked with dogs since his vaudeville times, when his brother put dogs in some comic acts. For the movie, he tested 21 mutts until he found Mutt, the final star. It was, almost literally, a dog-eats-dog world in entertainment.
E não apenas por ser um dos astros caninos pioneiros Scraps / Mutt merece destaque. O cãozinho de sorte foi adotado por Chaplin após a produção, passando a swer a mascote da First National Pictures. O estúdio acabou englobado pela Warner Brothers em 1929. Infelizmente, este foi o único filme do astro canino. Sua carreira durou de janeiro de 1918 até 29 de abril do mesmo ano, quando o animal faleceu. Quando Chaplin foi vender bônus de guerra pelo país, afastando-se do cão, o triste animal se recusou a comer, ficando cada vez mais debilitado.

And Scraps / Mutt deserves his own paragraph not only because it was a groudbreaking dog star. The lucky dog was adopted by Chaplin when production wrapped and became the mascot for First National Pictures. The studio was later bought by Warner Brothers in 1929. Unofrtunately, this was the only film made by the dog star. Its career lasted from January 1918 until April 29th 1918, when the dog passed away. When Chaplin left to sell war bonuses through the country, the sad dog became sad and refused to eat – and live.

O filme completo pode ser visto AQUI. E, para quem ama cãezinhos, há uma surpresa muito fofa ao final do filme!

The full movie can be seen HERE. If you are a dog person, there is a very cute surprise in the end! 

This entry is part of the Classic Movie Dogathon, hosted by Classic Film & TV Cafe. Great idea, Rick!

20 comments:

Iza said...

Esse filme deve ser ótimo, eu vou assistir ele no link que você postou. Eu amo cachorros, acho-os tão fofos e inocentes. Beijos!!

Iza said...
This comment has been removed by the author.
Marvin (Sérgio Rodrigues) said...

Adorei, Lê, um grande abraço pra vc. As meninas inteligentes (nerds) são raras neste fim de mundo chamado Brasil.

Paloma Viricio said...

Que cachorrinho fofinhu!Adorei a dica e seu blog tbm...parabéns!Bjus!
http://palomaviricio.blogspot.com

Denir Junior said...

Olá, Lê!
Vi lhe agradecer a visita e conhecer o seu Blog! Dei sorte! Tenho um Cachorro muito fofo e inclusive, coloquei-o em minhas histórias.
Com certeza, eu sou um leitor de bom gosto!
Beijos.
Denir (Milena Liebe, é a personagem dos livros....)

ANTONIO NAHUD said...

Não sou muito chegado a animais como protagonistas de filmes. Mas essa comédia é maravilhosa. Cumprimentos cinéfilos!

O Falcão Maltês

Unknown said...

Pôxa, Lê, eu amo, amo este curta. E vc deve ter a noção do quanto, já que colocou um texto tão lindo sobre o filme. Também sou fã da Edna e tenho alguns curtas que ela fez com Chaplin aqui em casa, incluindo o longa "Casamento ou Luxo". Muito triste saber que o cãozinho tão fofo morreu de paixão ao ficar longe do dono. Isso torna a nos afirmar da fidelidade dos animais ao ser humano, quando muitos seres humanos não são fiéis.
Um amor, este filme!!
Um abraço
Dani

Joicy Sorcière said...

Adoro esse filminho...

Como está sendo seu feriado??

Bjks

São said...

Chaplin é um nome inesquecível.

Bons sonhos

ponto e virgula said...

minha nossa... como vou sair desta?

sabe, Lê...
eu sinto-me pequenino demais para comentar este seu post. tenho dificuldade em falar sobre Chaplin. suas representações, seus filmes. Chaplin, para mim, é um mago do mundo cinematográfico. é um nome que só por si, é já garantia de assistir a um bom filme. tive o prazer de ver o filme "Vida de Cachorro"...
pouco lhe posso acrescentar para além do meu silêncio, como comentário.

"Vida de Cachorro" é um monumento que expressa bem a partilha de qualidade entre dois atores (racional e irracional).

Lê...
não posso terminar sem lhe agradecer a sua visita e comentário no meu blogue.



a...té

ponto e virgula said...

minha nossa... como vou sair desta?

sabe, Lê...
eu sinto-me pequenino demais para comentar este seu post. tenho dificuldade em falar sobre Chaplin. suas representações, seus filmes. Chaplin, para mim, é um mago do mundo cinematográfico. é um nome que só por si, é já garantia de assistir a um bom filme. tive o prazer de ver o filme "Vida de Cachorro"...
pouco lhe posso acrescentar para além do meu silêncio, como comentário.

"Vida de Cachorro" é um monumento que expressa bem a partilha de qualidade entre dois atores (racional e irracional).

Lê...
não posso terminar sem lhe agradecer a sua visita e comentário no meu blogue.



a...té

Rick29 said...

Le, it was sad to hear how Scraps died in real life. In his sole silver screen appearance, he held his own against Chaplin (no easy task!) and, as in many films in this Dogathon, was the impetus for the film's existence. Thanks for participating in the Dogathon!

Page said...

So glad you did a tribute to "A Dog's Life". I love every last minute of Charlie Chaplin's work.

You had mentioned tickets sales so I'm curious to how The Kid compared since it surely tugged at heart strings and drew a large audience.

A great contribution to the Dogathon and a reminder that we did have iconic dogs on screen long before Lassie and Asta. And he was one cute pup too.

Kudos!
Page

Jefferson C. Vendrame said...

Lê, ótimo Post,
O que dizer de Chaplin?
Sensacional...

Abraços

whistlingypsy said...

Letícia~ may I begin by saying how nice it is to see your blog included in this canine themed blogathon, and it is a real pleasure to see you included a silent film. Rin-Tin-Tin was a canine superstar, but Rinty made his way into the heart’s of the audience without a single bark heard. I often find myself defending Chaplin to those who don’t care for him, and I mention “A Dog’s Life” as my reason (any actor/director who risks being upstaged by a dog is alright with me). The background information you included was touching. I appreciate Chaplin even more knowing he adopted the dog, but it is equally distressing to know that Scraps died of a broken heart.

Dawn said...

I just started watching Charles Chaplin films and enjoy them very much. Sydney Chaplin (Charles Chaplin's brother), played a small role in this film, and it was the first time the two brothers were on screen together.

Rubi said...

Apesar de não ser fã do Chaplin, confesso que ele tem ótimas produções. Esta com certeza é uma delas. Sem dúvida alguma, este é um dos seus melhores filmes (juntamente com The Kid, que até então foi o mais bonito que já vi dele)

Citizen Screen said...

I love A Dog's Life, I love the scruffy co-star, I love your write-up, and I love your blog.

Me alegro haber tenido la oportunidad de llegar a su "blog."

Aurora

Júlio Pereira said...

Muito boa sua homenagem ao mestre. Já irei ver o curta! E que triste a história do cão... Uma pena!

Unknown said...

Ainda não assisti este filme, o que me emocionou mais no entanto foi o fim trágico do cachorrinho na vida real.

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